Por que fazer terapia: Importância da psicoterapia

Bruna Labinas • 23 de abril de 2025

Introdução

A terapia, especialmente a psicoterapia, ocupa um papel vital na promoção da saúde mental e no tratamento de transtornos psicológicos. Embora ainda existam estigmas associados ao seu uso, a busca por terapia é um passo significativo na jornada para o bem-estar emocional e mental. Este artigo irá explorar a importância de fazer terapia, destacando seu impacto positivo e a contribuição vital da psiquiatria nesse contexto.


O que é psicoterapia?

Psicoterapia, também conhecida como terapia psicológica, é um tratamento colaborativo baseado no diálogo entre um paciente e um profissional de saúde mental treinado. Diferentes abordagens psicoterapêuticas, como a terapia cognitivo-comportamental (TCC), a psicanálise e a terapia interpessoal, são utilizadas para abordar questões emocionais, comportamentais e até mesmo físicas de diversas formas. A escolha da abordagem depende das necessidades do paciente e do tipo de problema que está sendo tratado.

Com o apoio de psiquiatras, que são médicos especializados em saúde mental, a psicoterapia pode ser integrada a tratamentos farmacológicos quando necessário, proporcionando uma abordagem mais ampla e eficaz para o tratamento de transtornos complexos.


Importância da psicoterapia para a saúde mental

A psicoterapia oferece um espaço seguro para que indivíduos possam explorar seus sentimentos, percepções e comportamentos. Isso pode ser especialmente benéfico em tempos de crise, como durante um divórcio, perda de um ente querido ou mudanças significativas de vida. Nos últimos anos, com o aumento da conscientização sobre doenças mentais, mais pessoas têm procurado ajuda psicoterapêutica como forma de combate a essas condições.

Benefícios emocionais e psicológicos

A psicoterapia ajuda a melhorar a comunicação e as habilidades sociais, reduzindo conflitos e melhorando o relacionamento interpessoal. Além disso, é eficaz na resolução de problemas específicos relacionados à ansiedade, ao estresse e à depressão, promovendo maior bem-estar emocional. Ao proporcionar autoconhecimento, a terapia auxilia na modificação de comportamentos prejudiciais e na construção de hábitos mais saudáveis.

Supporte na gestão de transtornos mentais

A psicoterapia é uma ferramenta crucial no tratamento de transtornos mentais como a depressão, o transtorno de ansiedade generalizada (TAG), transtorno obsessivo-compulsivo (TOC) e transtornos alimentares. Psicoterapia pode ser empregada isoladamente ou combinada com a intervenção psiquiátrica medicamentosa, dependendo da gravidade dos sintomas e do diagnóstico específico.


Ações proativas para o bem-estar psicológico

Além de tratar distúrbios já estabelecidos, muitos optam pela terapia como uma ação preventiva. Esta prática ajuda a construir uma base sólida de saúde mental, ensinando mecanismos de enfrentamento e resiliência. Assim, sessões regulares de terapia podem ajudar indivíduos a enfrentar os desafios diários com mais clareza e tranquilidade, prevenindo que problemas menores se transformem em crises completas.


Escolha do terapeuta e processo terapêutico

A escolha de um terapeuta qualificado é crítica para o sucesso da psicoterapia. É importante procurar um profissional com experiência e especialização nos problemas a serem abordados. A confiança e a relação entre o terapeuta e o paciente são fundamentais—um bom relacionamento interpessoal pode melhorar significativamente os resultados terapêuticos.

O processo terapêutico é baseado na confidencialidade e na empatia, aspectos essenciais para que o paciente se sinta seguro ao explorar questões pessoais e sensíveis. Um terapeuta competente guiará o paciente através de um processo estruturado, com metas claras e revisões periódicas para acompanhar o progresso.


FAQs: Perguntas Frequentes sobre Terapia

Qual a diferença entre terapia psicológica e psiquiátrica?

Terapia psicológica envolve métodos de tratamento não medicamentoso, focados no diálogo e na modificação de comportamentos. A psiquiatria pode incluir prescrição de medicamentos como parte do tratamento.

Como saber se preciso de terapia?

Buscar terapia é uma decisão pessoal. Se você enfrenta dificuldades emocionais, problemas de relacionamento, ou experiências estressantes, pode se beneficiar da psicoterapia.

Quanto tempo dura um tratamento psicoterapêutico?

O tempo varia dependendo das necessidades do paciente e da abordagem terapêutica utilizada. Pode durar de alguns meses a anos.

Terapia é apenas para quem tem problemas graves?

Não. Terapia também é útil para o desenvolvimento pessoal e para lidar com questões do dia a dia.

Os psiquiatras também fazem psicoterapia?

Sim, muitos psiquiatras são treinados em psicoterapia e podem oferecer tratamento combinado.

A psicoterapia funciona para todos?

A eficácia da psicoterapia pode variar. O comprometimento do paciente e a adequação da abordagem são fatores críticos para o sucesso.


Conclusão

A psicoterapia é uma ferramenta poderosa para a promoção da saúde mental e bem-estar geral. Ao permitir que os pacientes explorem seus desafios com o auxílio de um profissional capacitado, a terapia não apenas alivia os sintomas de transtornos mentais, mas também oferece suporte durante transições de vida e crises pessoais. Com o apoio da psiquiatria, a abordagem terapêutica pode ser personalizada para otimizar os resultados dos pacientes, ajudando-os a levar uma vida mais plena e saudável.

Por Luis Guilherme Labinas 28 de julho de 2025
Introdução O Transtorno de Personalidade Borderline (TPB) é uma condição psiquiátrica séria e, ao mesmo tempo, frequentemente mal compreendida. Caracterizado por instabilidade emocional intensa, impulsividade, relações interpessoais caóticas e medo de abandono, o TPB pode gerar sofrimento profundo tanto para quem convive com o transtorno quanto para as pessoas ao redor. Neste artigo, vamos explorar os sinais mais comuns do Transtorno Borderline, seu impacto na vida cotidiana e quais são as abordagens clínicas mais eficazes para o manejo desse quadro. O que é o Transtorno de Personalidade Borderline? O TPB é um transtorno de personalidade classificado pelo DSM-5 como um padrão persistente de instabilidade nos relacionamentos interpessoais, na autoimagem e na regulação das emoções. Costuma emergir no final da adolescência ou início da vida adulta e, quando não tratado, pode comprometer severamente o funcionamento social, profissional e afetivo da pessoa. O nome “borderline” surgiu pela percepção de que os sintomas pareciam estar “na fronteira” entre neuroses e psicoses, o que hoje já não representa mais a compreensão moderna do transtorno. Principais Sinais do Transtorno Borderline O TPB se manifesta de forma complexa, mas alguns sinais são marcantes: Instabilidade emocional: Mudanças bruscas e intensas de humor Sentimento de vazio constante Dificuldade em lidar com rejeições ou frustrações Impulsividade: Comportamentos impulsivos e prejudiciais (uso de substâncias, gastos excessivos, direção imprudente, sexo desprotegido) Ações sem reflexão durante crises emocionais Relacionamentos intensos e instáveis: Idealização e desvalorização frequente de pessoas próximas Medo intenso e desproporcional de ser abandonado Comportamentos de apego excessivo ou afastamento abrupto Autoimagem instável: Dificuldade em manter um senso consistente de identidade Oscilações entre sentimentos de grandiosidade e autodepreciação Comportamentos autolesivos e ideação suicida: Automutilações (como cortes ou queimaduras) Ameaças ou tentativas de suicídio, geralmente como forma de expressão do sofrimento intenso É importante ressaltar que, embora o transtorno seja marcado por instabilidade, não se trata de manipulação consciente — o comportamento é expressão de dor emocional real e desorganizada. Diagnóstico do Transtorno Borderline O diagnóstico do TPB é clínico, baseado em entrevista estruturada e observação do padrão comportamental ao longo do tempo. O psiquiatra considera critérios específicos, como os descritos no DSM-5, além de excluir outras condições que podem mimetizar os sintomas, como transtorno bipolar, depressão grave, transtorno de estresse pós-traumático ou abuso de substâncias. Em muitos casos, o diagnóstico pode demorar a ser feito, pois os sintomas se manifestam de maneira difusa e são, por vezes, confundidos com traços de personalidade ou reações emocionais “exageradas”. Tratamento do Transtorno Borderline Embora o TPB seja desafiador, ele tem tratamento — e os resultados podem ser bastante positivos com adesão e continuidade. Psicoterapia é o pilar do tratamento , com destaque para: Terapia Dialética Comportamental (DBT) : desenvolvida especificamente para o TPB, foca no manejo de impulsos, regulação emocional e construção de habilidades sociais Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) : ajuda na identificação de padrões disfuncionais de pensamento e comportamento Terapia focada na mentalização ou esquemas : abordagens mais profundas voltadas para a estruturação da personalidade Medicação pode ser utilizada como coadjuvante , especialmente para sintomas específicos como: Irritabilidade intensa Impulsividade grave Ansiedade associada Sintomas depressivos Antidepressivos, estabilizadores de humor e antipsicóticos atípicos podem ser indicados em doses ajustadas, sempre com acompanhamento cuidadoso. Rede de apoio e psicoeducação: A participação da família e de pessoas próximas, quando possível, é valiosa. O entendimento do transtorno favorece a empatia e reduz conflitos interpessoais, criando um ambiente mais favorável à recuperação. FAQs Borderline é o mesmo que bipolar? Não. Embora ambos envolvam alterações de humor, no TPB as oscilações são reativas, rápidas e ligadas a fatores emocionais. No transtorno bipolar, as fases de humor duram dias ou semanas e não dependem de eventos externos. Quem tem TPB pode melhorar com o tempo? Sim. Com tratamento contínuo, muitas pessoas aprendem a regular melhor suas emoções, estabilizar relacionamentos e reduzir comportamentos impulsivos ou autodestrutivos. Toda pessoa impulsiva é borderline? Não. O TPB envolve um conjunto de sintomas emocionais, comportamentais e interpessoais que se mantêm ao longo do tempo e causam prejuízo funcional significativo. É possível viver uma vida normal com borderline? Com acompanhamento adequado, sim. Muitos pacientes conseguem desenvolver uma vida estável, trabalhar, se relacionar e construir uma rotina saudável. Quem tem TPB sempre tenta se machucar? Nem todos os pacientes apresentam comportamentos autolesivos, mas essa é uma característica comum em momentos de crise. Por isso, o acompanhamento psiquiátrico é fundamental para prevenção e cuidado. Conclusão  O Transtorno de Personalidade Borderline é uma condição real, complexa e profundamente dolorosa — mas que pode ser tratada com bons resultados. Identificar os sinais e oferecer um cuidado especializado é essencial para reduzir o sofrimento e promover uma vida mais equilibrada. A escuta qualificada, o vínculo terapêutico e a combinação de psicoterapia com acompanhamento psiquiátrico são ferramentas poderosas para ajudar o paciente a construir novos caminhos. Com apoio e tratamento, é possível transformar dor em desenvolvimento e instabilidade em reconstrução emocional.
Por Luis Guilherme Labinas 24 de julho de 2025
Introdução A ansiedade é uma das queixas mais frequentes nos consultórios de saúde mental. Diante de rotinas aceleradas, excesso de estímulos e preocupações constantes, o corpo e a mente permanecem em estado de alerta contínuo. Nesse cenário, práticas como o mindfulness — ou atenção plena — têm se mostrado valiosas ferramentas complementares no manejo da ansiedade, ajudando o paciente a se reconectar com o presente e a regular emoções com mais consciência. Neste artigo, vamos entender o que é o mindfulness, como ele atua no cérebro ansioso e de que forma pode ser incorporado ao tratamento psiquiátrico de forma segura e eficaz. O que é Mindfulness? Mindfulness é a prática de estar plenamente atento ao momento presente, com uma atitude de abertura, curiosidade e não julgamento. Em vez de reagir automaticamente aos pensamentos e emoções, a pessoa aprende a observá-los com clareza, permitindo respostas mais conscientes e menos impulsivas. A técnica tem origem em tradições meditativas orientais, mas foi adaptada para contextos clínicos no Ocidente, especialmente após os trabalhos do professor Jon Kabat-Zinn, que desenvolveu o protocolo de Redução de Estresse com base em Mindfulness (MBSR). Por que o Mindfulness é eficaz no manejo da ansiedade? A ansiedade está diretamente relacionada ao excesso de pensamentos sobre o futuro — o famoso “e se...”. A mente ansiosa antecipa problemas, interpreta ameaças e vive em um estado de hiperalerta. O mindfulness interrompe esse ciclo ao trazer o foco de volta para o aqui e agora. Estudos mostram que a prática regular de atenção plena: Reduz a atividade da amígdala cerebral , estrutura associada ao medo e à reatividade emocional Melhora a conexão entre áreas do cérebro responsáveis pela regulação emocional , como o córtex pré-frontal Diminui a ruminação mental , ou seja, o pensamento repetitivo que alimenta a ansiedade Promove maior percepção corporal , o que ajuda a identificar sinais precoces de tensão e agir preventivamente Além disso, o mindfulness favorece uma postura mais compassiva em relação a si mesmo, reduzindo a autocrítica e a intolerância à imperfeição — fatores frequentemente presentes em pessoas ansiosas. Como incorporar o Mindfulness no dia a dia É importante lembrar que mindfulness não é apenas uma técnica de meditação, mas um modo de viver com mais presença e intencionalidade. A seguir, algumas formas práticas de aplicar o conceito no cotidiano: 1. Prática formal (meditação mindfulness): Sentar-se em silêncio e focar a atenção na respiração, nas sensações corporais ou em um som Quando a mente divagar (e ela vai), trazer a atenção de volta com gentileza Iniciar com 5 a 10 minutos por dia e, gradualmente, aumentar o tempo 2. Mindfulness em atividades diárias: Comer com atenção plena, percebendo textura, sabor, temperatura Tomar banho notando a temperatura da água, o cheiro do sabonete, a sensação na pele Caminhar sentindo os passos, a respiração, os sons ao redor 3. Pausas de consciência ao longo do dia: Parar por 1 minuto para observar a respiração em momentos de tensão Identificar pensamentos automáticos e rotulá-los como “pensamentos” em vez de verdades absolutas 4. Aplicativos e áudios guiados: Utilizar recursos digitais confiáveis que oferecem meditações guiadas específicas para ansiedade Mindfulness é tratamento? O mindfulness não substitui o tratamento psiquiátrico convencional, especialmente em casos moderados a graves de ansiedade. No entanto, ele pode ser um excelente complemento, potencializando os efeitos da psicoterapia e da medicação. Pacientes que praticam atenção plena regularmente costumam relatar: Maior clareza para lidar com gatilhos Menor reatividade emocional Redução da frequência e da intensidade das crises Aumento da sensação de controle e estabilidade interna FAQs Preciso meditar todos os dias para ter resultado? A consistência é mais importante que a duração. Práticas curtas, realizadas com frequência, já trazem benefícios. Começar com 5 minutos por dia pode ser suficiente para notar melhorias. Mindfulness serve para qualquer tipo de ansiedade? Sim, mas seus efeitos variam conforme o grau do transtorno e o engajamento do paciente. Ele é mais eficaz como medida preventiva ou complementar ao tratamento de quadros leves a moderados. Mindfulness é igual a meditação? Meditação é uma das formas de praticar mindfulness, mas a atenção plena pode ser vivida também fora do contexto meditativo — como ao comer, caminhar ou conversar com presença total. Existe contraindicação para mindfulness? Pessoas com traumas graves, episódios psicóticos ou estados dissociativos devem praticar com orientação profissional, pois o silêncio interno pode, em alguns casos, intensificar o sofrimento. Preciso fazer terapia para aprender mindfulness? Não necessariamente, mas a orientação de um profissional pode facilitar a adaptação e garantir que a prática esteja sendo feita de forma adequada às necessidades emocionais do paciente. Conclusão  O mindfulness é uma ferramenta poderosa e acessível no manejo da ansiedade. Ao cultivar a atenção plena, o paciente aprende a reconhecer seus estados internos com mais clareza, quebrar ciclos de reatividade e resgatar a presença em um mundo cada vez mais acelerado. Integrado ao tratamento psiquiátrico e psicoterapêutico, ele contribui para uma vida emocional mais equilibrada, consciente e saudável. Estar presente é, muitas vezes, o primeiro passo para se sentir em paz. Se desejar, posso sugerir os próximos temas com base nas tendências atuais de busca e nos conteúdos que complementam os já publicados. Deseja que eu proponha novas ideias?
Por Luis Guilherme Labinas 21 de julho de 2025
Introdução Imagine sentir, de repente, uma onda de medo intenso, falta de ar, coração acelerado e a sensação iminente de morte — tudo isso sem um motivo claro. Essa é a experiência de quem sofre com a síndrome do pânico, um transtorno de ansiedade caracterizado por crises agudas e recorrentes que podem gerar um profundo impacto na qualidade de vida. Neste artigo, vamos explicar o que é a síndrome do pânico, quais são seus sintomas, como é feito o diagnóstico e quais são os caminhos mais eficazes para o tratamento e controle desse transtorno. O que é a Síndrome do Pânico? A síndrome do pânico é um tipo de transtorno de ansiedade marcado por ataques de pânico inesperados, intensos e recorrentes. Esses episódios envolvem sintomas físicos e emocionais avassaladores e, embora durem poucos minutos, provocam sofrimento intenso e um medo constante de que novas crises aconteçam — o que pode levar ao chamado "medo do medo". Com o tempo, é comum que a pessoa evite situações ou lugares onde já teve crises, desenvolvendo um comportamento de evitação que pode culminar em agorafobia (medo de sair de casa ou frequentar locais públicos). Sintomas de um Ataque de Pânico Um ataque de pânico costuma surgir de forma súbita, mesmo em momentos de repouso ou em situações cotidianas. Os sintomas mais comuns incluem: Palpitações ou taquicardia Falta de ar ou sensação de sufocamento Dor ou aperto no peito Tontura ou sensação de desmaio Formigamento nas mãos ou face Ondas de calor ou calafrios Náuseas ou desconforto abdominal Sensação de irrealidade (desrealização) ou de estar fora do próprio corpo (despersonalização) Medo de morrer, de enlouquecer ou de perder o controle Esses sintomas não indicam um risco real à vida, mas são vivenciados com extrema intensidade e realismo durante a crise. O que Causa a Síndrome do Pânico? A causa exata não é totalmente conhecida, mas sabe-se que diversos fatores contribuem para o desenvolvimento da síndrome, como: Predisposição genética Experiências traumáticas ou altamente estressantes Alterações neuroquímicas no cérebro (especialmente nos sistemas de serotonina e noradrenalina) Personalidade ansiosa ou hipervigilante Alguns eventos pontuais, como uma crise de ansiedade grave, uso de substâncias ou problemas de saúde física, podem atuar como gatilhos para o primeiro episódio. Diagnóstico da Síndrome do Pânico O diagnóstico é feito por um psiquiatra, com base na descrição dos sintomas, frequência das crises e impacto na vida cotidiana. É comum que pacientes inicialmente procurem pronto-socorro, acreditando estar com um problema cardíaco ou respiratório, já que os sintomas físicos são intensos. A exclusão de outras causas orgânicas é importante, especialmente nas primeiras avaliações. Após afastar condições clínicas, o diagnóstico psiquiátrico é confirmado com base nos critérios do DSM-5 (Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais). Tratamento da Síndrome do Pânico A boa notícia é que a síndrome do pânico tem tratamento — e os resultados costumam ser muito positivos. As abordagens mais utilizadas incluem: Medicação : antidepressivos (como os ISRS) são a base do tratamento e ajudam a regular os circuitos cerebrais envolvidos. Em alguns casos, ansiolíticos de uso controlado podem ser indicados inicialmente, com cautela. Psicoterapia : especialmente a terapia cognitivo-comportamental (TCC), que trabalha os pensamentos automáticos, crenças distorcidas e estratégias de enfrentamento das crises. Mudanças de estilo de vida : exercícios físicos regulares, técnicas de respiração, mindfulness e boa higiene do sono complementam o tratamento. Educação sobre o transtorno : entender o que está acontecendo biologicamente no corpo reduz o medo das sensações e ajuda no controle emocional durante as crises. FAQs Um ataque de pânico pode matar? Não. Embora os sintomas sejam assustadores, o ataque de pânico não causa morte nem infarto. O perigo maior é o sofrimento e o impacto psicológico se não for tratado adequadamente. Qual a diferença entre ansiedade e síndrome do pânico? A ansiedade é uma resposta prolongada a situações de estresse. Já a síndrome do pânico envolve crises súbitas e intensas de medo, geralmente sem um gatilho específico. Quem tem síndrome do pânico pode voltar a ter uma vida normal? Sim. Com tratamento adequado, é totalmente possível controlar os sintomas, evitar novas crises e retomar a qualidade de vida. Remédios para pânico causam dependência? Os antidepressivos utilizados no tratamento não causam dependência. Alguns ansiolíticos podem gerar tolerância, mas são usados com cautela e por tempo limitado. O que fazer durante uma crise de pânico? Tente se concentrar na respiração, lembrar-se de que os sintomas são temporários e buscar um local tranquilo. Após a crise, é fundamental relatar o episódio ao psiquiatra para ajuste do tratamento, se necessário. Conclusão A síndrome do pânico é uma condição angustiante, mas tratável. Identificar os sinais precocemente e buscar ajuda psiquiátrica especializada é o primeiro passo para sair do ciclo de medo e sofrimento. Com o tratamento certo, muitas pessoas conseguem recuperar o bem-estar emocional, retomar sua rotina e reconquistar a confiança no próprio corpo. O acolhimento, a escuta profissional e a abordagem terapêutica adequada são pilares fundamentais nesse processo de superação.e.
Por Kety Braulio de Melo 16 de julho de 2025
Nos últimos anos, a saúde mental se tornou um dos maiores desafios dentro das organizações. O estresse crônico, a ansiedade e a síndrome de burnout passaram a fazer parte do cotidiano de muitos profissionais, afetando diretamente a produtividade, o engajamento e o clima organizacional. Diante desse cenário, líderes e profissionais de Recursos Humanos têm buscado soluções eficazes e sustentáveis para promover o bem-estar nas empresas. O Cenário Atual da Saúde Mental nas Organizações Estudos recentes apontam que mais de 30% dos afastamentos no trabalho estão relacionados a transtornos emocionais. Além disso, o esgotamento mental tem levado a uma queda no desempenho, aumento do absenteísmo e uma rotatividade crescente de talentos. Esse quadro mostra que cuidar da saúde mental não é mais um diferencial, e sim uma necessidade estratégica. A Responsabilidade Corporativa com o Bem-Estar Mais do que oferecer benefícios, as empresas precisam criar ambientes psicologicamente seguros e culturas organizacionais que valorizem o cuidado emocional. O RH e a liderança desempenham papel fundamental nesse processo, sendo responsáveis por implantar ações preventivas, acolhedoras e tecnológicas. O que é Biofeedback? O biofeedback é uma tecnologia avançada que permite ao indivíduo monitorar, em tempo real, funções fisiológicas como frequência cardíaca, respiração e tensão muscular. Através de sensores e softwares, o colaborador aprende a reconhecer os sinais do corpo relacionados ao estresse e ansiedade — e, mais importante, aprende a controlá-los. Benefícios do Biofeedback no Ambiente Corporativo Inserido em um programa estruturado, o biofeedback ajuda os colaboradores a desenvolverem autorregulação emocional, maior foco, clareza mental e resiliência. Os resultados são percebidos em poucas sessões: redução de sintomas de estresse, melhora na qualidade do sono e maior equilíbrio emocional, impactando positivamente o clima e a performance da equipe. Transformando a Cultura com Inovação Implementar um projeto corporativo com biofeedback é investir em inovação, cuidado genuíno com as pessoas e sustentabilidade emocional. É uma solução de ponta que alia ciência, tecnologia e saúde para transformar o ambiente de trabalho em um espaço mais humano e produtivo. Conclusão A saúde mental precisa estar no centro da estratégia das empresas que desejam crescer com propósito. Se sua organização busca uma forma eficaz e inovadora de cuidar dos colaboradores, o projeto corporativo de biofeedback é um excelente caminho. Nós estamos prontos e vocês? Vamos conversar? Perguntas Frequentes sobre Biofeedback Corporativo 1. O biofeedback é indicado para qualquer colaborador? Sim. O biofeedback é uma tecnologia segura e não invasiva, que pode ser utilizada por qualquer pessoa, independentemente da idade ou nível hierárquico. Ele é especialmente útil para profissionais que lidam com alta carga de estresse. 2. É necessário algum preparo ou conhecimento prévio para participar? Não. As sessões de biofeedback são guiadas por profissionais qualificados e os equipamentos são fáceis de usar. Os participantes recebem orientações claras durante todo o processo. 3. Quantas sessões são necessárias para perceber resultados? Os primeiros benefícios podem ser notados já nas primeiras sessões. No entanto, um programa completo costuma envolver entre 6 a 10 encontros, dependendo dos objetivos e da condição de cada colaborador. 4. O biofeedback substitui acompanhamento psicológico ou psiquiátrico? Não. O biofeedback é uma ferramenta complementar de prevenção e autorregulação. Em casos clínicos, o acompanhamento com profissionais de saúde mental continua sendo essencial. 5. Como esse projeto pode ser implementado na empresa? A implementação pode ser feita por meio de programas estruturados como o que oferecemos, com acompanhamento especializado, equipamentos modernos de biofeedback e suporte técnico. Levamos a solução até a sua empresa, adaptando o projeto à realidade e às necessidades da equipe.
Por Luis Guilherme Labinas 14 de julho de 2025
Introdução  O Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) é frequentemente associado à infância, mas muitos adultos também convivem com esse diagnóstico — muitas vezes sem saber. Quando não identificado, o TDAH pode impactar significativamente a vida pessoal, profissional e emocional do indivíduo, levando a frustrações repetidas, baixa autoestima e dificuldades nos relacionamentos. Neste artigo, vamos entender como o TDAH se manifesta na vida adulta, quais são os sintomas mais comuns, como é feito o diagnóstico e quais são as abordagens mais eficazes no tratamento. O que é o TDAH? O TDAH é um transtorno do neurodesenvolvimento caracterizado por três conjuntos principais de sintomas: Déficit de atenção Hiperatividade Impulsividade Enquanto a hiperatividade tende a ser mais visível na infância, na vida adulta os sintomas mais persistentes geralmente são a desatenção e a impulsividade. Muitos adultos com TDAH relatam dificuldades crônicas em manter o foco, cumprir prazos, organizar tarefas e controlar impulsos — o que pode afetar diretamente a produtividade no trabalho, os estudos e até mesmo a vida financeira. Sintomas do TDAH em Adultos Sintomas de desatenção: Dificuldade em manter o foco em tarefas longas ou monótonas Esquecimento de compromissos, prazos e objetos pessoais Procrastinação frequente Sensação de "mente dispersa", mesmo em conversas importantes Problemas em seguir instruções ou concluir tarefas Sintomas de impulsividade: Tomar decisões precipitadas, sem avaliar consequências Interromper outras pessoas com frequência Dificuldade em esperar por sua vez Gasto excessivo de dinheiro ou mudanças frequentes de planos Reações emocionais intensas e desproporcionais Sintomas de hiperatividade (menos comuns, mas ainda presentes): Sensação de inquietação interna constante Dificuldade para relaxar, mesmo em momentos de descanso Mudança frequente de posição ou movimentação involuntária (como bater o pé) Esses sintomas variam de intensidade e podem ser mascarados por mecanismos de compensação, o que dificulta o diagnóstico — especialmente em adultos que desenvolveram estratégias para lidar com suas dificuldades. Impactos do TDAH na Vida Adulta Quando não tratado, o TDAH pode gerar uma série de prejuízos acumulados, como: Baixo rendimento profissional ou acadêmico, apesar de potencial intelectual Problemas de organização financeira Instabilidade nos relacionamentos afetivos Maior vulnerabilidade a transtornos de humor, ansiedade e uso de substâncias Sentimento persistente de inadequação ou fracasso Muitos adultos com TDAH cresceram sendo rotulados como “distraídos”, “preguiçosos” ou “desorganizados”, o que contribui para um histórico de baixa autoestima e sofrimento emocional. Diagnóstico do TDAH em Adultos O diagnóstico é clínico e realizado por um psiquiatra ou neurologista, com base em uma entrevista detalhada sobre o histórico de vida, sintomas atuais e funcionamento cotidiano. É importante investigar se os sintomas já estavam presentes na infância, ainda que não tenham sido formalmente diagnosticados na época. Em alguns casos, são utilizados questionários padronizados e podem ser solicitadas avaliações neuropsicológicas para descartar outras condições que mimetizam os sintomas de TDAH, como transtornos de ansiedade, depressão ou dificuldades cognitivas. Tratamento do TDAH em Adultos O tratamento do TDAH costuma ser multifatorial e inclui: Medicação : os psicoestimulantes (como metilfenidato ou lisdexanfetamina) são frequentemente utilizados e têm eficácia comprovada. Em alguns casos, podem ser usados antidepressivos específicos ou moduladores noradrenérgicos. Psicoterapia : especialmente a terapia cognitivo-comportamental, que ajuda o paciente a desenvolver estratégias práticas de organização, gestão do tempo e controle emocional. Psicoeducação : entender o funcionamento do transtorno ajuda a reduzir a autocrítica e melhorar a aceitação. Adaptações no estilo de vida : uso de agendas, aplicativos de organização, pausas programadas no trabalho e estruturação do ambiente são recursos importantes para o dia a dia. FAQs É possível ter TDAH e só descobrir na vida adulta? Sim. Muitos adultos recebem o diagnóstico apenas após perceberem prejuízos persistentes ou ao acompanharem o diagnóstico de filhos. TDAH em adultos é mais difícil de tratar? Não necessariamente. Com diagnóstico adequado e tratamento personalizado, é possível ter excelentes resultados em qualquer idade. Quem tem TDAH pode trabalhar normalmente? Sim. Com apoio adequado, adultos com TDAH podem ter uma vida profissional produtiva, inclusive em áreas de alta performance. Todo adulto distraído tem TDAH? Não. Distração ocasional pode ser normal. O TDAH envolve sintomas persistentes, com início precoce e impacto funcional significativo. Medicamento é sempre necessário no TDAH adulto? Não em todos os casos, mas muitas vezes a medicação é fundamental para o alívio dos sintomas e o resgate da funcionalidade. Conclusão O TDAH em adultos é mais comum do que se imagina — e também muito subdiagnosticado. Reconhecer os sinais e buscar avaliação profissional pode representar um ponto de virada na vida de quem convive há anos com dificuldades que pareciam “falhas pessoais”. O tratamento adequado permite que o paciente desenvolva seu potencial com mais equilíbrio, confiança e qualidade de vida. A psiquiatria, aliada à psicoterapia, oferece caminhos concretos para superar os obstáculos e construir uma rotina mais leve e funcional.
Por Luis Guilherme Labinas 8 de julho de 2025
Introdução Dormir bem é essencial para o equilíbrio físico, emocional e cognitivo. No entanto, milhões de pessoas sofrem com dificuldades para iniciar ou manter o sono — um quadro conhecido como insônia. Embora possa parecer apenas um incômodo passageiro, a insônia frequente é um importante marcador de sofrimento psíquico e pode estar associada a transtornos como ansiedade, depressão e até burnout. Neste artigo, vamos explorar o que caracteriza a insônia, como ela se relaciona com a saúde mental, quais os principais sinais de alerta e quando procurar ajuda profissional. O que é Insônia? Insônia é definida como a dificuldade para adormecer, manter o sono ou acordar muito cedo, sem conseguir voltar a dormir — mesmo quando o ambiente e as condições são adequadas. Para ser considerada um transtorno, é necessário que essa dificuldade ocorra com frequência e cause prejuízos no funcionamento diário. Existem diferentes tipos de insônia: Insônia inicial : dificuldade para pegar no sono Insônia de manutenção : despertares frequentes durante a noite Insônia terminal : despertar precoce, antes do horário desejado Em muitos casos, a insônia é sintoma de um transtorno mental subjacente e deve ser investigada com atenção. Como a Insônia Afeta a Saúde Mental O sono tem um papel fundamental na regulação emocional. A privação do sono afeta áreas do cérebro envolvidas na tomada de decisões, no controle de impulsos, no humor e na memória. Por isso, noites mal dormidas frequentes podem desencadear ou agravar sintomas psiquiátricos. Relação com transtornos mentais: Ansiedade : pessoas com transtorno de ansiedade frequentemente apresentam hiperatividade mental noturna, dificultando o relaxamento necessário para dormir. Depressão : a insônia é um dos sintomas mais comuns da depressão. Em alguns casos, ela é o primeiro sinal a aparecer. Transtorno bipolar : alterações no padrão de sono costumam preceder episódios de mania ou depressão. Burnout e estresse crônico : a tensão acumulada impacta diretamente a qualidade do sono, mesmo quando a pessoa sente-se fisicamente exausta. Além disso, a insônia gera um ciclo vicioso: o sono ruim aumenta a ansiedade e a irritabilidade, que por sua vez dificultam ainda mais o sono na noite seguinte. Sintomas Comuns da Insônia Relacionada à Saúde Mental Demora para adormecer (mais de 30 minutos) Despertares noturnos frequentes Sensação de sono leve ou não reparador Cansaço excessivo ao longo do dia Irritabilidade, dificuldade de concentração e lapsos de memória Preocupações recorrentes na hora de dormir Medo de não conseguir dormir Quando esses sintomas se tornam persistentes (três vezes por semana, por mais de três meses), falamos de insônia crônica — que requer avaliação especializada. Diagnóstico e Tratamento Psiquiátrico da Insônia A avaliação psiquiátrica é fundamental para investigar as causas da insônia, que podem ser múltiplas e associadas a fatores emocionais, ambientais, hormonais ou neurológicos. Abordagens no tratamento: Psicoterapia : a terapia cognitivo-comportamental para insônia (TCC-I) é uma das abordagens mais eficazes, ajudando o paciente a reestruturar padrões disfuncionais de pensamento e comportamento ligados ao sono. Higiene do sono : mudanças nos hábitos e na rotina noturna são parte essencial do tratamento — como evitar telas antes de dormir, manter horário fixo para deitar e levantar, evitar cafeína à noite, entre outros. Medicações : em alguns casos, o psiquiatra pode prescrever medicamentos indutores do sono, antidepressivos ou ansiolíticos, sempre de forma individualizada e com avaliação rigorosa do risco-benefício. É importante destacar que o uso de medicamentos para dormir deve ser sempre acompanhado de perto, evitando automedicação ou uso prolongado sem controle. FAQs Toda insônia é causada por ansiedade? Não. A insônia pode ter diversas causas, incluindo estresse, hábitos inadequados, dor crônica, alterações hormonais ou doenças neurológicas. No entanto, a ansiedade é uma das causas mais frequentes. Remédio para dormir vicia? Alguns medicamentos podem causar dependência se usados de forma inadequada ou por períodos prolongados. Por isso, é essencial o acompanhamento médico e o uso responsável. Dormir pouco pode causar depressão? Sim. A privação de sono crônica pode favorecer o surgimento de sintomas depressivos, além de agravar quadros pré-existentes. Existe tratamento natural para insônia? Medidas de higiene do sono, técnicas de relaxamento, atividade física e psicoterapia podem ser muito eficazes — inclusive mais do que o uso de medicações em muitos casos.  Quem tem insônia precisa passar com psiquiatra? Se a insônia for persistente, estiver causando prejuízos e não melhorar com medidas simples, o ideal é consultar um psiquiatra para investigação completa.
Por Luis Guilherme Labinas 7 de julho de 2025
Introdução Sentir-se cansado após um dia intenso de trabalho é normal. No entanto, quando o cansaço se torna crônico, acompanhado de esgotamento emocional, desmotivação e queda no desempenho, pode indicar um quadro mais sério: a síndrome de burnout. Cada vez mais comum em um mundo marcado por pressões profissionais, hiperprodutividade e falta de equilíbrio entre vida pessoal e trabalho, o burnout representa um risco real à saúde mental. Neste artigo, vamos entender o que é a síndrome de burnout, seus principais sintomas, causas e como o acompanhamento psiquiátrico pode ser essencial para a recuperação. O que é a Síndrome de Burnout? Burnout é um transtorno psíquico associado ao estresse ocupacional crônico. Ele ocorre principalmente em pessoas que enfrentam demandas excessivas e prolongadas no trabalho, especialmente em profissões que envolvem grande responsabilidade, exposição a sofrimento humano ou alta cobrança por resultados. O termo foi oficialmente reconhecido pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e classificado como um fenômeno relacionado ao trabalho, sendo caracterizado por três dimensões principais: Esgotamento emocional Despersonalização (cinismo ou distanciamento em relação ao trabalho) Redução da realização pessoal Diferente do estresse pontual, o burnout evolui de forma progressiva, e seus efeitos comprometem não apenas o desempenho profissional, mas também a saúde física, os relacionamentos e a autoestima. Principais Sintomas do Burnout Os sintomas de burnout são variados e podem se manifestar em diferentes níveis: Sintomas emocionais Sensação constante de esgotamento Irritabilidade, impaciência e crises de choro Perda de motivação e entusiasmo com o trabalho Sentimento de incompetência, fracasso ou inutilidade Sintomas físicos Cansaço extremo, mesmo após descanso Dores musculares, cefaleia e distúrbios do sono Alterações no apetite Queda na imunidade, com maior propensão a adoecer Sintomas comportamentais Afastamento social Procrastinação e queda na produtividade Isolamento no ambiente de trabalho Aumento do consumo de álcool, cigarro ou outras substâncias Quem Está Mais Vulnerável ao Burnout? Embora qualquer pessoa possa desenvolver burnout, existem fatores de risco que aumentam essa vulnerabilidade, como: Jornadas excessivas de trabalho Falta de reconhecimento ou apoio institucional Ambientes hostis, competitivos ou com excesso de cobrança Profissionais da saúde, educação, segurança pública, direito, tecnologia e áreas de atendimento direto ao público Além disso, pessoas com traços de perfeccionismo, alto nível de autocrítica ou dificuldade em impor limites tendem a ser mais suscetíveis ao esgotamento emocional. Diagnóstico e Tratamento Psiquiátrico do Burnout O diagnóstico da síndrome de burnout é clínico e feito por um profissional de saúde mental. O psiquiatra irá avaliar os sintomas emocionais, físicos e comportamentais, considerando também o contexto ocupacional do paciente. O tratamento pode envolver: Psicoterapia : especialmente abordagens como a terapia cognitivo-comportamental, que ajuda na reestruturação de pensamentos distorcidos, manejo do estresse e desenvolvimento de habilidades de enfrentamento. Medicamentos : em casos moderados ou graves, pode haver necessidade de antidepressivos, ansiolíticos ou estabilizadores de humor, conforme a intensidade dos sintomas. Mudança de estilo de vida : descanso adequado, redução da jornada de trabalho, melhora na qualidade do sono, atividade física e reconexão com atividades prazerosas. Em casos extremos, o afastamento temporário do trabalho pode ser necessário para a recuperação integral do paciente. FAQs Burnout é a mesma coisa que depressão? Não. Embora compartilhem sintomas, como desânimo e fadiga, o burnout está diretamente ligado ao ambiente de trabalho. A depressão é mais ampla e pode ter diversas causas. Em alguns casos, porém, o burnout pode evoluir para um episódio depressivo. Qual profissional devo procurar se suspeitar de burnout? O ideal é buscar um psiquiatra ou psicólogo. O psiquiatra pode avaliar a necessidade de medicação, enquanto o psicólogo atua na psicoterapia e reestruturação emocional. Afastamento do trabalho é obrigatório em casos de burnout? Não necessariamente. Em casos leves, é possível manejar o quadro sem afastamento. No entanto, quando o burnout atinge níveis graves, o afastamento temporário pode ser recomendado. Burnout pode afetar minha vida pessoal? Sim. O esgotamento emocional afeta relacionamentos, autoestima, motivação e qualidade de vida em geral. É possível prevenir o burnout? Sim. Adotar limites saudáveis no trabalho, cuidar da saúde mental, manter atividades prazerosas e buscar ajuda diante dos primeiros sinais são medidas preventivas importantes. Conclusão  A síndrome de burnout é um sinal de que algo precisa mudar — seja no ambiente profissional, seja na forma como nos relacionamos com o trabalho. Identificar os sinais precoces e buscar ajuda especializada é essencial para evitar consequências mais graves à saúde física e emocional. A atuação de psiquiatras e psicólogos, aliados a estratégias de autocuidado, pode restaurar o bem-estar e ajudar o paciente a reencontrar equilíbrio e qualidade de vida.
Por Luis Guilherme Labinas 7 de julho de 2025
Introdução O transtorno bipolar é uma condição de saúde mental crônica e complexa, caracterizada por alterações intensas de humor que vão além das oscilações normais do dia a dia. Pessoas com esse diagnóstico podem alternar entre episódios de depressão profunda e períodos de euforia ou irritabilidade excessiva, chamados de mania ou hipomania. Entender os sinais do transtorno bipolar é fundamental para o diagnóstico precoce e o início de um tratamento eficaz, que geralmente envolve acompanhamento psiquiátrico contínuo. Neste artigo, vamos explorar as características do transtorno bipolar, suas variações, sintomas mais comuns e como o tratamento pode ajudar a recuperar a qualidade de vida. O que é o Transtorno Bipolar? O transtorno bipolar é um distúrbio do humor que envolve mudanças drásticas nos estados emocionais, variando entre episódios depressivos e episódios de mania ou hipomania. Essas fases podem durar dias, semanas ou até meses, e interferem significativamente no funcionamento social, profissional e afetivo do indivíduo. Existem dois principais tipos de transtorno bipolar: Transtorno Bipolar Tipo I : envolve episódios maníacos completos, frequentemente intercalados com episódios depressivos graves. Transtorno Bipolar Tipo II : caracteriza-se por episódios depressivos mais prolongados e episódios de hipomania, que são formas mais brandas da mania. Há também o transtorno ciclotímico, que envolve oscilações de humor menos intensas, mas ainda assim prejudiciais. Sintomas de Mania e Hipomania Durante um episódio maníaco, o paciente pode apresentar: Aumento excessivo de energia Diminuição da necessidade de sono Fala acelerada e pensamento muito rápido Irritabilidade ou comportamento impulsivo Sensação exagerada de autoconfiança ou grandiosidade Tomada de decisões imprudentes (como gastos excessivos ou comportamentos de risco) A hipomania possui sintomas semelhantes, mas menos intensos e, muitas vezes, não são percebidos imediatamente como patológicos, o que dificulta o diagnóstico. Sintomas de Episódios Depressivos Os episódios depressivos no transtorno bipolar são semelhantes aos da depressão unipolar, mas tendem a ser mais profundos e mais resistentes. Os sintomas incluem: Tristeza persistente e desânimo Perda de interesse por atividades antes prazerosas Alterações no apetite e no sono Fadiga constante Sentimento de inutilidade ou culpa excessiva Pensamentos suicidas ou comportamentos autodestrutivos É importante ressaltar que, no transtorno bipolar, esses sintomas não surgem isoladamente — eles fazem parte de um ciclo que inclui fases de humor elevado ou irritabilidade. Como é feito o Diagnóstico? O diagnóstico do transtorno bipolar é clínico e realizado por um psiquiatra. Ele se baseia em uma entrevista detalhada, na observação do histórico de episódios de humor e, muitas vezes, no relato de familiares ou pessoas próximas. A avaliação é criteriosa, pois é comum que o transtorno bipolar seja inicialmente confundido com depressão unipolar ou outros quadros ansiosos. Exames laboratoriais podem ser solicitados para excluir outras causas médicas de alterações de humor, mas não existem exames específicos que confirmem o diagnóstico bipolar — por isso a escuta clínica é tão essencial. Tratamento do Transtorno Bipolar O tratamento é multifatorial e exige acompanhamento constante. As principais abordagens incluem: Estabilizadores de humor : como o lítio, valproato ou lamotrigina Antipsicóticos atípicos : especialmente nos casos com sintomas mais intensos de mania ou psicose Psicoterapia : fundamental para o autoconhecimento, manejo emocional e adesão ao tratamento Mudanças no estilo de vida : sono regular, redução do estresse e hábitos saudáveis são parte importante do controle da doença A adesão ao tratamento é um dos maiores desafios, principalmente durante fases de hipomania, em que o paciente pode não reconhecer que está em sofrimento. Por isso, o envolvimento da família ou rede de apoio é muitas vezes necessário. FAQs Transtorno bipolar tem cura? Não, mas é uma condição tratável. Com acompanhamento adequado, é possível controlar os sintomas e manter uma vida funcional e equilibrada. Como diferenciar bipolaridade de variações normais de humor? A bipolaridade envolve oscilações intensas, duradouras e que interferem no funcionamento diário — não são simples alterações de humor passageiras. O transtorno bipolar pode surgir em qualquer fase da vida? Sim, embora o início mais comum seja no final da adolescência ou início da vida adulta. É possível viver bem com transtorno bipolar? Com tratamento contínuo, suporte emocional e autocuidado, muitas pessoas com transtorno bipolar levam uma vida estável e produtiva. Quem tem transtorno bipolar precisa tomar remédio para sempre? Na maioria dos casos, sim. O transtorno bipolar é crônico e o uso contínuo de medicação ajuda a prevenir recaídas e estabilizar o humor. Conclusão  O transtorno bipolar é uma condição que merece atenção e cuidado especializado. Reconhecer os sinais, buscar um diagnóstico preciso e iniciar o tratamento são etapas fundamentais para recuperar a qualidade de vida. A atuação do psiquiatra é indispensável nesse processo, ajudando o paciente a compreender seu funcionamento emocional e a seguir um plano terapêutico individualizado. Com o suporte certo, é possível controlar os sintomas e trilhar um caminho mais estável e saudável.
Por Dr. Luís Guilherme O. Labinas 23 de abril de 2025
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Por Dr. Luís Guilherme O. Labinas 23 de abril de 2025
Descubra como diferenciar entre a ansiedade normal e um transtorno de ansiedade, essencial para buscar o tratamento adequado e entender melhor sua saúde mental.