Depressão Pós-Parto: Entenda os Sintomas e o Tratamento

Luis Guilherme Labinas • 14 de agosto de 2025

Introdução


O nascimento de um filho é frequentemente descrito como um momento de alegria intensa, mas nem sempre esse é o sentimento predominante no pós-parto. Para muitas mulheres, essa fase pode ser marcada por tristeza, irritabilidade, exaustão e sentimentos de culpa que não se explicam apenas pelo cansaço da maternidade. Quando esses sintomas se tornam intensos e persistentes, podemos estar diante da depressão pós-parto — uma condição psiquiátrica que requer atenção e cuidado especializado.

Neste artigo, vamos abordar os principais sinais da depressão pós-parto, como diferenciá-la de reações emocionais transitórias e quais são as formas mais eficazes de tratamento.


O que é a Depressão Pós-Parto?


A depressão pós-parto é um transtorno de humor que acomete mulheres após o parto, geralmente nas primeiras semanas ou meses. Trata-se de uma condição real, com base biológica e psicológica, que não tem relação com o amor da mãe pelo bebê ou com sua capacidade de cuidar da criança.

Diferente do chamado "baby blues" — uma oscilação emocional leve e autolimitada que acomete até 80% das puérperas — a depressão pós-parto é mais duradoura e interfere significativamente na vida da mãe, do bebê e da família como um todo.


Causas e Fatores de Risco


As causas da depressão pós-parto são multifatoriais e incluem:

  • Queda hormonal abrupta após o parto (especialmente de estrogênio e progesterona)
  • Histórico pessoal ou familiar de transtornos psiquiátricos (como depressão, transtorno bipolar ou ansiedade)
  • Gravidez não planejada ou marcada por conflitos emocionais
  • Complicações obstétricas ou neonatais
  • Falta de apoio da rede familiar ou do parceiro
  • Isolamento social ou idealizações excessivas sobre a maternidade

Importante: a depressão pós-parto não é sinal de fraqueza ou falha. É uma condição médica que pode acometer qualquer mulher, independentemente de sua personalidade ou preparo prévio.


Principais Sintomas da Depressão Pós-Parto


Os sintomas podem variar em intensidade, mas incluem:

  • Tristeza persistente e choro frequente
  • Dificuldade para criar vínculo afetivo com o bebê
  • Sensação de inadequação materna ou culpa intensa
  • Irritabilidade e ansiedade excessiva
  • Perda de interesse por atividades antes prazerosas
  • Insônia ou sono excessivo
  • Fadiga extrema, mesmo após descanso
  • Pensamentos de desesperança, inutilidade ou morte

Algumas mães referem medo constante de machucar o bebê ou a si mesmas — sintomas que, quando presentes, exigem avaliação imediata.


Impactos da Depressão Pós-Parto


Quando não tratada, a depressão pós-parto pode:

  • Prejudicar o vínculo mãe-bebê
  • Interferir na amamentação e nos cuidados com a criança
  • Aumentar o risco de desenvolvimento de problemas emocionais no bebê
  • Levar ao afastamento social e conjugal
  • Evoluir para quadros mais graves, como depressão resistente ou psicose pós-parto (condição mais rara, mas grave, que exige internação em alguns casos)

Por isso, o diagnóstico precoce e o tratamento adequado são fundamentais não apenas para a mãe, mas para o desenvolvimento saudável do bebê e o bem-estar da família.


Tratamento da Depressão Pós-Parto


O tratamento deve ser individualizado, considerando o quadro clínico, o grau de comprometimento e o contexto da paciente. As abordagens mais comuns incluem:

  • Psicoterapia: especialmente a terapia cognitivo-comportamental, que ajuda a reestruturar padrões de pensamento negativos e a desenvolver estratégias de enfrentamento.
  • Medicação antidepressiva: em casos moderados a graves, pode ser necessária. O psiquiatra avaliará a segurança do uso durante a amamentação, optando por medicamentos com melhor perfil nesse contexto.
  • Intervenções de suporte: incluir o parceiro, familiares e rede de apoio no cuidado com o bebê e com a puérpera faz toda a diferença no processo de recuperação.
  • Cuidados com o autocuidado: sono, alimentação, momentos de descanso e reconexão com a identidade da mulher (além da função materna) são pilares para a saúde mental no puerpério.


FAQs


Toda tristeza no pós-parto é depressão?
Não. Muitas mulheres vivenciam o "baby blues", com instabilidade emocional leve e passageira. A depressão pós-parto se caracteriza por sintomas mais intensos, duradouros e que causam prejuízos significativos.


É possível tomar antidepressivo e continuar amamentando?
Sim. Existem opções seguras de antidepressivos que podem ser usados durante a amamentação, com acompanhamento médico adequado.


Como o parceiro pode ajudar?
Oferecendo apoio prático e emocional, dividindo responsabilidades com o bebê, validando os sentimentos da mãe e incentivando a busca por ajuda profissional quando necessário.


A depressão pós-parto passa sozinha?
Em alguns casos leves, pode haver melhora espontânea. No entanto, o mais seguro e eficaz é o acompanhamento com psiquiatra e psicoterapia para evitar agravamento e recaídas.


Depressão pós-parto pode acontecer mesmo meses após o nascimento?
Sim. Embora mais comum nas primeiras semanas, a depressão pós-parto pode surgir até um ano após o parto.


Conclusão



A depressão pós-parto é uma condição médica séria, mas tratável. Identificar os sinais e buscar ajuda especializada pode prevenir complicações maiores e preservar o vínculo da mãe com o bebê. A saúde mental materna é uma prioridade que deve ser acolhida com escuta, empatia e cuidado profissional. Com o tratamento certo, é possível retomar o bem-estar emocional e viver a maternidade de forma mais leve, segura e conectada.

Por Luis Guilherme Labinas 15 de agosto de 2025
Introdução O Transtorno de Personalidade Borderline (TPB) é uma condição psiquiátrica complexa, marcada por instabilidade emocional, relacionamentos intensos e impulsividade. Apesar de ainda ser cercado por estigmas e incompreensões, trata-se de um transtorno real e tratável, que impacta significativamente a qualidade de vida de quem o enfrenta. Neste artigo, vamos explorar os principais sinais do TPB, como é feito o diagnóstico e quais são as abordagens terapêuticas mais eficazes. O que é o Transtorno de Personalidade Borderline? O TPB é um transtorno de personalidade que se caracteriza por um padrão duradouro de instabilidade nas relações interpessoais, na autoimagem e no humor, além de comportamentos impulsivos. Ele costuma se manifestar no final da adolescência ou início da vida adulta e afeta aproximadamente 1,6% da população, embora esse número possa ser maior devido à subnotificação. Pessoas com TPB muitas vezes vivenciam emoções de forma intensa e com grande rapidez, o que pode levá-las a agir de forma impulsiva e a enfrentar dificuldades em manter relacionamentos estáveis, inclusive familiares, amorosos e profissionais. Principais Sinais e Sintomas do TPB Instabilidade emocional : mudanças súbitas e intensas de humor, que podem durar algumas horas ou dias, sem causa aparente. Medo intenso de abandono : sensação constante de que será rejeitado ou deixado de lado, muitas vezes resultando em comportamentos desesperados para evitar isso. Relacionamentos instáveis : idealização e desvalorização rápidas de pessoas próximas, alternando entre extremos de admiração e raiva. Autoimagem distorcida : dificuldade em manter uma visão consistente de si mesmo, com sentimentos frequentes de vazio, inferioridade ou inutilidade. Comportamentos impulsivos : como gastos excessivos, abuso de substâncias, direção imprudente, compulsão alimentar ou sexo desprotegido. Comportamentos autolesivos e suicidas : cortes, queimaduras, ideação suicida e tentativas de suicídio são relativamente comuns, especialmente em momentos de crise. Sensação de vazio constante : relato persistente de um vazio interno difícil de nomear ou preencher. Raiva intensa e inadequada : surtos de raiva desproporcionais a situações cotidianas, muitas vezes seguidos de culpa. Sintomas dissociativos ou paranoides transitórios : em momentos de estresse extremo, pode haver sensação de desligamento da realidade ou desconfiança excessiva. Diagnóstico: Como é feito? O diagnóstico do TPB é clínico e deve ser feito por um psiquiatra ou psicólogo experiente, com base nos critérios do DSM-5. São necessários pelo menos 5 dos 9 critérios diagnósticos para fechar o diagnóstico. A avaliação inclui entrevista clínica detalhada, levantamento do histórico de vida, presença de traumas na infância (frequentemente relatados) e histórico de relações interpessoais disfuncionais. Muitas vezes, o TPB é confundido com outros transtornos, como transtorno bipolar, depressão, TDAH ou abuso de substâncias, o que reforça a importância de uma avaliação cuidadosa. Tratamento: Caminhos para o Equilíbrio Emocional Apesar de não haver uma “cura” definitiva para o TPB, ele é altamente tratável com abordagens integradas. O objetivo do tratamento é reduzir a instabilidade emocional, fortalecer a identidade pessoal e melhorar os relacionamentos interpessoais. Psicoterapia : é a base do tratamento. A Terapia Comportamental Dialética (DBT) é a abordagem mais estudada e eficaz para TPB, focando na regulação emocional, tolerância ao estresse e construção de relações saudáveis. Outras abordagens como Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) e Terapia Focada na Esquema também são eficazes. Medicação : não há um remédio específico para TPB, mas antidepressivos, estabilizadores de humor e antipsicóticos atípicos podem ser utilizados para tratar sintomas associados, como depressão, impulsividade ou ideação suicida. Rede de apoio : o envolvimento da família, amigos e psicoterapeutas é fundamental. Programas de psicoeducação para familiares ajudam a lidar com as crises e a promover maior empatia e acolhimento. Hábitos de vida saudáveis : sono regular, alimentação equilibrada, exercícios físicos e estratégias de autorregulação emocional (como mindfulness) são complementares ao tratamento clínico. FAQs – Perguntas Frequentes sobre o TPB Borderline é a mesma coisa que bipolar? Não. Apesar de ambos causarem oscilações de humor, o TPB envolve mudanças rápidas e reativas a situações interpessoais, enquanto o transtorno bipolar envolve episódios duradouros de mania e depressão. Quem tem TPB pode ter uma vida normal? Sim. Com tratamento adequado e suporte contínuo, muitas pessoas com TPB conseguem estabilizar suas emoções, construir relações saudáveis e alcançar uma vida funcional. É possível tratar sem medicação? Sim, especialmente se os sintomas forem leves. No entanto, em muitos casos, o uso de medicamentos pode ser necessário como complemento à psicoterapia. TPB tem relação com traumas na infância? Sim. Muitas pessoas com TPB relatam histórias de abuso emocional, negligência ou instabilidade familiar, o que pode contribuir para o desenvolvimento do transtorno. A pessoa com TPB manipula os outros? Esse é um estigma comum e injusto. As atitudes impulsivas e as reações emocionais são geralmente expressão de sofrimento intenso, e não manipulação intencional. Conclusão  O Transtorno de Personalidade Borderline é uma condição complexa, mas com tratamento e acompanhamento adequados, é possível alcançar melhora significativa nos sintomas e na qualidade de vida. O diagnóstico precoce, a psicoterapia especializada e o apoio de profissionais de saúde mental são fundamentais para promover estabilidade emocional e autonomia. Se você ou alguém próximo apresenta sinais de TPB, saiba que há caminhos para o cuidado. Buscar ajuda especializada é o primeiro passo para recuperar o equilíbrio e a autoestima.
Por Luis Guilherme Labinas 11 de agosto de 2025
Introdução Sentir-se perdido, questionar o propósito da vida, não enxergar sentido nas conquistas ou experimentar uma sensação de vazio profundo são experiências humanas que, em determinados momentos, podem indicar mais do que uma simples fase difícil. Em alguns casos, estamos diante de uma crise existencial — um estado que pode se transformar em sofrimento psíquico significativo e até mesmo em quadros clínicos como depressão ou transtornos de ansiedade. Neste artigo, vamos explorar o que é uma crise existencial, por que ela acontece, quando se torna um sinal de alerta e como a psiquiatria e a psicoterapia podem ajudar no enfrentamento e na reconstrução do sentido de vida. O que é uma Crise Existencial? A crise existencial é uma fase marcada por questionamentos profundos sobre o próprio valor, propósito e identidade. Ela não é, por si só, um transtorno mental, mas pode desencadear sofrimento emocional intenso e levar ao adoecimento quando não há suporte adequado. Entre os pensamentos comuns nesse período estão: “Qual o sentido da minha vida?” “Será que estou vivendo o que realmente quero?” “Tudo parece sem graça, mesmo quando tenho motivos para estar bem.” “Sinto um vazio constante que nada preenche.” Esse tipo de crise é mais comum em momentos de transição — como término de relacionamentos, perdas, mudanças profissionais, envelhecimento ou após conquistas importantes que não geram a satisfação esperada. Sinais de que o Vazio Está se Tornando Sofrimento Psíquico É natural questionar a própria trajetória de vez em quando. No entanto, há sinais que indicam que a crise existencial ultrapassou os limites do questionamento saudável e está se tornando um quadro de sofrimento que exige atenção clínica: Sentimento persistente de vazio ou inutilidade Falta de motivação para atividades antes significativas Queda de produtividade no trabalho ou nos estudos Dificuldade em tomar decisões ou planejar o futuro Isolamento social Episódios de choro sem causa aparente Ansiedade existencial intensa Pensamentos de morte ou desejo de desaparecer Esses sinais não devem ser ignorados. Quando a perda de sentido se transforma em paralisia emocional ou funcional, o apoio profissional é fundamental. Causas Possíveis de Crise Existencial Não existe uma única causa para esse tipo de crise, mas alguns fatores contribuem: Alta exigência interna : perfeccionismo, autocobrança e idealizações irreais Transições de vida : mudanças que rompem com estruturas conhecidas (fim de um casamento, aposentadoria, mudança de cidade, nascimento de filhos) Crenças rígidas ou valores conflituosos : quando a pessoa vive desconectada do que acredita ser importante Experiências de trauma ou perda : eventos que abalam a identidade ou o sentido da existência Quadros clínicos psiquiátricos prévios : como depressão ou transtornos de personalidade Vale destacar que pessoas introspectivas, sensíveis e reflexivas podem estar mais propensas a vivenciar esse tipo de crise de forma intensa. Como a Psiquiatria e a Psicoterapia Podem Ajudar O primeiro passo para lidar com uma crise existencial é entender que ela não é frescura, fraqueza ou drama. Trata-se de uma experiência emocional legítima e profunda, que pode e deve ser acolhida com escuta qualificada. A psicoterapia tem papel central nesse processo, ajudando o paciente a: Reorganizar pensamentos e sentimentos Reencontrar valores pessoais e fontes de sentido Lidar com expectativas irreais e frustrações Desenvolver autorreflexão e autonomia emocional Em casos onde há sofrimento intenso, prejuízo funcional ou risco, a psiquiatria pode complementar o cuidado com o uso de medicações , como antidepressivos ou ansiolíticos, para aliviar sintomas mais agudos e dar suporte à retomada da estabilidade emocional. Também pode ser útil trabalhar temas como espiritualidade, filosofia de vida e identidade — sempre de forma individualizada e respeitosa. FAQs Toda crise existencial vira depressão? Não. Muitas pessoas passam por crises existenciais e as superam com crescimento pessoal. No entanto, se o vazio se torna persistente e há perda de funcionalidade, pode evoluir para depressão. É normal se sentir perdido mesmo tendo uma vida “boa”? Sim. A sensação de vazio pode ocorrer mesmo quando todas as “conquistas” estão presentes. Isso acontece quando o sentido não está alinhado com as escolhas ou valores pessoais. Psicoterapia ajuda a sair de uma crise existencial? Sim. A terapia oferece um espaço seguro para reorganizar ideias, elaborar angústias e redescobrir o que realmente importa para o paciente. Quem passa por uma crise existencial está “enlouquecendo”? De forma alguma. Questionar o sentido da vida é humano. O sofrimento só precisa ser acolhido e tratado quando começa a causar prejuízos emocionais e funcionais. Existe remédio para crise existencial? Não há um remédio específico para isso, mas em casos com sintomas de ansiedade ou depressão associados, o uso de medicações pode ser útil como parte do cuidado integral. Conclusão  Crises existenciais fazem parte da vida humana e, em muitos casos, representam uma oportunidade de transformação e amadurecimento. No entanto, quando o vazio se torna paralisante, é fundamental buscar apoio especializado. A combinação entre escuta terapêutica, abordagem psiquiátrica e autoconhecimento pode ressignificar a dor e devolver à vida um novo sentido. Não é sinal de fraqueza buscar ajuda — é um ato profundo de coragem e autocuidado.
Por Luis Guilherme Labinas 11 de agosto de 2025
Introdução  Vivemos em uma era de sobrecarga constante — informações que não cessam, múltiplas demandas, hiperconectividade e pressões que se acumulam silenciosamente. É nesse cenário que a fadiga mental se instala. Muito mais do que apenas “estar cansado”, ela representa um esgotamento cognitivo e emocional que afeta diretamente o desempenho, o humor e até a saúde física. Neste artigo, vamos explorar o que é a fadiga mental, suas causas, sinais, impactos e estratégias para enfrentá-la de forma eficaz. O que é Fadiga Mental? A fadiga mental é um estado de exaustão que compromete a capacidade de concentração, tomada de decisão, produtividade e regulação emocional. Diferentemente da fadiga física, ela decorre do uso excessivo das funções mentais e não se resolve apenas com uma boa noite de sono. Pode surgir após longos períodos de estresse, excesso de responsabilidades, multitarefas ou exposição contínua a ambientes exigentes. É comum entre profissionais que lidam com alta carga de decisões, pessoas que enfrentam pressões acadêmicas, cuidadores, mães em jornada dupla, estudantes em época de provas e indivíduos com transtornos emocionais não tratados. Principais Causas da Fadiga Mental Sobrecarga Cognitiva Prolongada: trabalhar ou estudar por horas seguidas sem pausas adequadas. Estresse Crônico: situações emocionais mal resolvidas, prazos apertados e conflitos constantes. Privação de Sono: noites mal dormidas comprometem o funcionamento cognitivo. Falta de limites claros entre trabalho e vida pessoal: especialmente no home office. Autocrítica excessiva e perfeccionismo: a busca constante por desempenho ideal gera esgotamento. Sinais e Sintomas de Fadiga Mental Reconhecer os sinais é essencial para interromper o ciclo de desgaste. Os sintomas mais comuns incluem: Dificuldade de concentração e lapsos de memória Sensação de “cabeça cheia” ou mentalmente travada Irritabilidade e alterações de humor Diminuição da produtividade e procrastinação Cefaleias tensionais e tensão muscular Apatia, desmotivação e sentimento de estar emocionalmente “desligado” Quando persistente, a fadiga mental pode contribuir para o desenvolvimento de transtornos psiquiátricos como depressão, transtornos de ansiedade ou burnout. Impactos na Saúde Mental e Física A fadiga mental não tratada gera um ciclo vicioso: quanto mais exausto, mais difícil se torna tomar decisões saudáveis, manter a rotina e buscar ajuda. Com o tempo, o corpo também dá sinais — alterações no apetite, baixa imunidade, dores corporais, insônia e, em casos extremos, crises de pânico ou esgotamento físico. Além disso, compromete relacionamentos, vida social e autoestima, pois o indivíduo sente que está sempre “devendo” ou rendendo menos do que deveria. Como Reduzir e Prevenir a Fadiga Mental Pausas programadas: interromper o ciclo contínuo de atividade melhora a performance. Sono de qualidade: regularidade e higiene do sono são essenciais para a recuperação cerebral. Exercício físico leve a moderado: melhora o humor e a clareza mental. Mindfulness e respiração consciente: ajudam a desacelerar o ritmo interno. Organização de rotina: priorizar tarefas, evitar multitarefa e estabelecer limites claros. Psicoterapia: fundamental para lidar com padrões disfuncionais, ansiedade e perfeccionismo. Avaliação psiquiátrica: em casos persistentes, pode ser necessário investigar depressão, burnout ou transtornos relacionados à ansiedade. FAQs — Perguntas Frequentes sobre Fadiga Mental Fadiga mental é o mesmo que burnout? Não exatamente. A fadiga mental pode ser um sintoma dentro do quadro de burnout, mas também pode ocorrer isoladamente. O burnout envolve exaustão emocional, despersonalização e redução da realização pessoal. A fadiga mental pode causar problemas físicos? Sim. Embora sua origem seja psicológica, ela pode desencadear sintomas físicos como dores, insônia e problemas imunológicos. Como diferenciar cansaço normal de fadiga mental? O cansaço normal é aliviado com descanso. A fadiga mental persiste mesmo após períodos de pausa e impacta o desempenho e o bem-estar de forma significativa. Psicoterapia ajuda na fadiga mental? Sim, especialmente quando há padrões de pensamento autocrítico, excesso de cobrança, dificuldade de lidar com limites ou traços ansiosos e depressivos. Medicação é necessária em todos os casos? Não. Em casos leves, ajustes no estilo de vida e psicoterapia podem ser suficientes. No entanto, em quadros mais graves, a medicação pode ser indicada para restaurar o equilíbrio neuroquímico. Conclusão Fadiga mental não é frescura, nem sinal de fraqueza — é um pedido de socorro do cérebro diante de uma rotina exaustiva. Ignorar seus sinais pode abrir portas para o adoecimento emocional. Reconhecer os sintomas, ajustar hábitos e, quando necessário, buscar ajuda profissional são passos essenciais para recuperar a saúde mental e viver com mais clareza, energia e presença. Se você sente que sua mente está sobrecarregada há muito tempo, talvez este seja o momento de desacelerar e priorizar o que realmente importa: sua saúde mental.
Por Luis Guilherme Labinas 7 de agosto de 2025
Introdução O Transtorno de Personalidade Borderline (TPB) é uma condição psiquiátrica complexa que afeta significativamente o modo como o indivíduo se percebe e se relaciona com os outros. Caracterizado por instabilidade emocional, impulsividade e dificuldades nos relacionamentos interpessoais, o TPB pode causar intenso sofrimento psicológico, tanto para quem vivencia o transtorno quanto para seus familiares. Este artigo tem como objetivo esclarecer os principais sinais do TPB, os critérios diagnósticos utilizados na psiquiatria e as possibilidades de tratamento baseadas em evidência científica. Entender essa condição é fundamental para reduzir o estigma e promover um cuidado mais humano e efetivo. Quais são os principais sinais do Transtorno de Personalidade Borderline? O TPB se manifesta, geralmente, no início da vida adulta, e seus sintomas tendem a ser intensos e flutuantes. Dentre os sinais mais comuns, destacam-se: 1. Instabilidade emocional intensa Mudanças rápidas de humor, com episódios de irritação, ansiedade ou tristeza profunda que podem durar poucas horas, mas que são intensamente vivenciadas pelo paciente. 2. Medo extremo de abandono Pessoas com TPB têm um medo persistente de serem rejeitadas ou abandonadas, mesmo que esse risco não exista. Pequenas mudanças de comportamento em relacionamentos próximos podem ser interpretadas como ameaças graves. 3. Relacionamentos intensos e instáveis As relações costumam oscilar entre idealização e desvalorização. Alguém que hoje é visto como essencial pode, no dia seguinte, ser tratado com raiva ou desprezo. 4. Autoimagem distorcida A pessoa pode apresentar uma visão instável e negativa de si mesma, sentindo-se inadequada, vazia ou sem identidade definida. 5. Impulsividade Comportamentos impulsivos, como gastos excessivos, compulsão alimentar, abuso de substâncias ou envolvimento sexual de risco, são frequentes.  6. Automutilação e comportamento suicida Cortes, queimaduras, tentativas de suicídio e outras formas de autolesão podem ocorrer como forma de lidar com o sofrimento emocional intenso. Como é feito o diagnóstico do TPB? O diagnóstico do Transtorno de Personalidade Borderline é clínico, feito por psiquiatras ou psicólogos experientes. Ele se baseia nos critérios definidos no DSM-5 (Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais), que exige a presença de pelo menos cinco dos nove sintomas centrais relacionados ao transtorno. A avaliação inclui: Histórico detalhado de sintomas emocionais e comportamentais Padrões de funcionamento nos relacionamentos e na autoimagem Investigação de traumas prévios, especialmente vivências de abandono, abuso ou negligência na infância Exclusão de outros transtornos que possam explicar os sintomas É essencial que o diagnóstico seja feito com cuidado e empatia, respeitando a complexidade da vivência emocional do paciente. Tratamento: é possível melhorar? Sim, com o tratamento adequado, é possível reduzir significativamente os sintomas e melhorar a qualidade de vida de quem convive com o TPB. 1. Psicoterapia É a base do tratamento. A abordagem com maior evidência científica é a Terapia Comportamental Dialética (DBT) , desenvolvida especificamente para o TPB. Outras modalidades eficazes incluem a Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) e a Terapia Focada em Esquemas. 2. Tratamento medicamentoso Embora não haja uma medicação específica para o TPB, medicamentos podem ser usados para aliviar sintomas como impulsividade, depressão, ansiedade ou instabilidade do humor. Antidepressivos, estabilizadores de humor e antipsicóticos podem ser prescritos individualmente, conforme avaliação do psiquiatra. 3. Apoio familiar e psicoeducação A compreensão do transtorno pelos familiares é um fator importante para o sucesso do tratamento. Grupos de apoio e orientação contribuem para diminuir conflitos e ampliar o acolhimento. 4. Estratégias de regulação emocional Técnicas como mindfulness, exercícios de respiração e estratégias de autocuidado são fundamentais para ajudar o paciente a lidar com as crises emocionais. FAQs TPB tem cura? Embora não haja uma “cura” no sentido clássico, muitas pessoas com TPB conseguem alcançar estabilidade emocional e funcionalidade plena com tratamento adequado. O transtorno pode melhorar com o tempo? Sim. Estudos mostram que, com acompanhamento contínuo, a maioria dos pacientes apresenta grande melhora após 10 anos de tratamento. TPB é uma forma de bipolaridade? Não. Embora os dois transtornos envolvam instabilidade emocional, o TPB se caracteriza por oscilações rápidas, geralmente ligadas a relacionamentos, enquanto o transtorno bipolar envolve ciclos mais duradouros de humor (mania/depressão). Quem tem TPB pode ter vida normal? Sim. Com apoio psiquiátrico, psicoterapia e estratégias de autocuidado, é totalmente possível construir uma vida estável e significativa. O que desencadeia o TPB? Fatores genéticos, traumas na infância, ambiente familiar desorganizado ou negligente podem contribuir para o desenvolvimento do transtorno. Conclusão O Transtorno de Personalidade Borderline é uma condição desafiadora, mas tratável. Reconhecer os sinais precocemente e buscar ajuda especializada é o primeiro passo para transformar o sofrimento em possibilidades de crescimento e equilíbrio. A psiquiatria, em conjunto com abordagens psicoterapêuticas, oferece caminhos reais de recuperação e melhora na qualidade de vida para quem enfrenta esse transtorno. Se você ou alguém próximo apresenta sinais de TPB, saiba que não está sozinho. A busca por tratamento pode marcar o início de uma nova etapa: mais estável, consciente e com mais saúde emocional.
Por Luis Guilherme Labinas 7 de agosto de 2025
Introdução Mesmo diante de sintomas intensos de sofrimento emocional, muitas pessoas hesitam em iniciar o uso de medicações prescritas por psiquiatras. O medo de efeitos colaterais, da dependência ou da mudança da “personalidade” faz com que alguns pacientes posterguem o início do tratamento — o que pode agravar quadros que seriam facilmente manejáveis com intervenção precoce. Neste artigo, vamos abordar os principais medos relacionados aos medicamentos psiquiátricos, esclarecer o que é mito e o que é verdade, e mostrar como o tratamento medicamentoso, quando bem indicado e monitorado, pode ser um grande aliado no caminho da recuperação. De onde vem o medo de remédio psiquiátrico? O estigma em torno das doenças mentais e de seus tratamentos tem raízes históricas. Durante muito tempo, quadros psiquiátricos foram associados à loucura ou fraqueza, e os tratamentos eram pouco humanizados. Hoje, no entanto, os avanços da medicina trouxeram medicamentos modernos, eficazes e mais bem tolerados — mas os medos persistem. Alguns fatores que alimentam essa resistência incluem: Falta de informação confiável Experiências ruins de pessoas próximas Uso inadequado de medicamentos (sem acompanhamento) Notificações exageradas de efeitos adversos em redes sociais Ideia de que “tomar remédio é sinal de fraqueza” O primeiro passo para superar esse medo é entender o que, de fato, é verdade — e o que é mito. Principais mitos sobre medicamentos psiquiátricos 1. “Remédio psiquiátrico vicia” Nem todo medicamento usado na psiquiatria causa dependência. A maioria dos antidepressivos, estabilizadores de humor e antipsicóticos não gera dependência química . O que pode acontecer é o uso prolongado por necessidade clínica, assim como ocorre em outras áreas da medicina, como hipertensão ou diabetes. Benzodiazepínicos (como clonazepam), sim, podem causar dependência se usados por muito tempo — por isso são sempre indicados com cautela e monitoramento. 2. “Remédio muda minha personalidade” A medicação não muda quem a pessoa é — ela reduz os sintomas que estão distorcendo o funcionamento emocional e cognitivo . A melhora permite que a pessoa se reconecte com sua essência, livre da interferência de ansiedade intensa, depressão profunda ou impulsos fora de controle. 3. “Vou ficar sonolento ou ‘dopado’ o tempo todo” Esse efeito pode ocorrer em fases iniciais ou com medicamentos específicos, mas não é o esperado em tratamentos bem ajustados . Um dos objetivos do acompanhamento psiquiátrico é encontrar a dose e o tipo de remédio que tragam alívio sem sedação excessiva. 4. “Se eu começar, nunca mais poderei parar” Em muitos casos, o uso é temporário , especialmente em quadros leves ou moderados. Já em situações crônicas ou recorrentes, o uso prolongado pode ser indicado — assim como acontece com outras condições de saúde. A decisão de parar é sempre tomada junto com o psiquiatra, de forma gradual e segura. 5. “Quem precisa de remédio está fraco ou não tentou o suficiente” Esse é um mito extremamente prejudicial. O sofrimento emocional não se resolve apenas com força de vontade. Em muitos casos, há alterações neuroquímicas envolvidas, e o tratamento medicamentoso permite que a pessoa tenha recursos internos para lidar com a terapia, os desafios da vida e a reconstrução do equilíbrio. Quando os medicamentos psiquiátricos são indicados? As medicações podem ser úteis em diferentes cenários: Depressão moderada a grave Transtornos de ansiedade com prejuízo funcional Transtorno bipolar Esquizofrenia e outros transtornos psicóticos Transtornos obsessivo-compulsivos Transtornos de personalidade com instabilidade grave Insônia resistente ou associada a sofrimento psíquico intenso O psiquiatra avalia o quadro clínico, os antecedentes, a tolerância individual e as preferências do paciente antes de propor uma prescrição. O tratamento é sempre individualizado. Medicação e psicoterapia: uma combinação poderosa É comum o receio de que o remédio substitua a necessidade de falar sobre os sentimentos. Na prática, o ideal é o tratamento combinado — onde a medicação estabiliza os sintomas e a psicoterapia aprofunda o autoconhecimento, melhora os relacionamentos e fortalece a autoestima. Um caminho não anula o outro. Eles se complementam. FAQs Todo mundo que vai ao psiquiatra precisa tomar remédio? Não. Em muitos casos, o acompanhamento inicial é apenas avaliativo ou terapêutico. A medicação é indicada quando há prejuízo funcional, sofrimento intenso ou risco associado. Preciso tomar medicação para o resto da vida? Depende do quadro. Alguns tratamentos são temporários, outros exigem continuidade. Tudo é decidido junto com o psiquiatra, com base na evolução clínica. Remédios psiquiátricos causam efeitos colaterais graves? Como qualquer medicamento, podem ter efeitos adversos — mas a maioria é leve e transitória. O acompanhamento adequado permite ajustar ou trocar a medicação, se necessário. Posso parar por conta própria quando me sentir melhor? Não. A interrupção abrupta pode causar piora do quadro ou sintomas de abstinência. A retirada deve ser feita com orientação médica, de forma progressiva. Terapia pode substituir a medicação? Em alguns quadros leves, sim. Em casos moderados a graves, a combinação costuma oferecer melhores resultados. O ideal é avaliar cada caso individualmente. Conclusão  O medo de tomar remédio psiquiátrico é compreensível, mas muitas vezes está baseado em informações distorcidas ou desatualizadas. Quando bem indicado e acompanhado, o tratamento medicamentoso pode transformar a vida de quem sofre, aliviando sintomas que antes pareciam insuportáveis. Cuidar da saúde mental com responsabilidade inclui abrir espaço para todas as ferramentas disponíveis — inclusive os medicamentos. A decisão deve ser tomada com orientação profissional, escuta empática e respeito ao tempo de cada paciente
Por Luis Guilherme Labinas 4 de agosto de 2025
Introdução O uso de antidepressivos ainda gera muitas dúvidas e, em alguns casos, resistência. Muitas pessoas têm receio de iniciar o tratamento, questionando sua eficácia, seus efeitos colaterais e a possibilidade de dependência. No entanto, os avanços da psiquiatria e da neurociência mostram que, quando bem indicados, os antidepressivos são uma ferramenta segura e eficaz no combate à depressão e a diversos outros transtornos mentais.  Neste artigo, vamos explicar como os antidepressivos funcionam, em quais situações são recomendados e o que dizem os estudos científicos mais recentes sobre sua efetividade. Como Funcionam os Antidepressivos? Antidepressivos são medicamentos que atuam no sistema nervoso central, regulando neurotransmissores como a serotonina, a noradrenalina e a dopamina — substâncias responsáveis pelo equilíbrio do humor, da energia, do apetite, do sono e da motivação. Em quadros depressivos, essas substâncias podem estar em desequilíbrio. Ao corrigir esse desequilíbrio, os antidepressivos ajudam a: Reduzir a tristeza e o desânimo Melhorar a energia e a disposição Diminuir pensamentos negativos e ideias suicidas Regular o sono, o apetite e a concentração Tornar a pessoa mais receptiva à psicoterapia É importante lembrar que os efeitos não são imediatos: geralmente, os benefícios começam a ser percebidos entre a segunda e a quarta semana de uso contínuo , dependendo da medicação e do quadro clínico. Em Quais Casos os Antidepressivos São Indicados? Embora o nome sugira uso exclusivo para depressão, os antidepressivos também são indicados em diversos outros quadros, como: Transtorno depressivo maior Transtorno de ansiedade generalizada Transtorno do pânico Fobia social Transtorno obsessivo-compulsivo (TOC) Transtorno disfórico pré-menstrual Transtorno de estresse pós-traumático (TEPT) Transtornos de personalidade com sintomas depressivos e ansiosos A prescrição deve sempre ser feita por um psiquiatra, que avaliará a gravidade do quadro, a história do paciente, as comorbidades e as preferências individuais. O Que Diz a Ciência Sobre a Eficácia dos Antidepressivos? Metanálises recentes (como a publicada na The Lancet, 2018) confirmam que os antidepressivos funcionam melhor do que o placebo no tratamento da depressão moderada a grave . O efeito é mais significativo quando a depressão é persistente, intensa ou acompanhada de prejuízo funcional. Outros achados importantes incluem: Maior eficácia quando combinados com psicoterapia Redução do risco de recaídas em pacientes que mantêm o tratamento após melhora Benefícios adicionais na regulação do sono, apetite e ansiedade É comum ouvir que “antidepressivo só mascara os sintomas”, mas isso é um mito. A medicação trata sintomas que têm base neuroquímica real , muitas vezes impedindo que a pessoa sequer consiga iniciar um processo psicoterapêutico efetivo. Efeitos Colaterais: o Que Esperar? Como todo medicamento, os antidepressivos podem causar efeitos adversos, especialmente nas primeiras semanas. Os mais comuns incluem: Náuseas leves Dor de cabeça Sonolência ou insônia Boca seca Alterações gastrointestinais Redução da libido A maioria desses efeitos é transitória e melhora com o tempo. Caso sejam persistentes ou intensos, o psiquiatra pode ajustar a dose ou substituir a medicação. Hoje, há diversas opções de antidepressivos com perfis diferentes de ação e tolerabilidade. FAQs Antidepressivo vicia? Não. Antidepressivos não causam dependência química nem síndrome de abstinência como os benzodiazepínicos. No entanto, a retirada deve ser feita com acompanhamento, de forma gradual. Todo quadro de tristeza precisa de antidepressivo? Não. Tristeza é uma emoção normal. Antidepressivos são indicados quando há um quadro clínico de depressão ou ansiedade com prejuízo significativo e persistente. Quanto tempo devo usar o antidepressivo? O tempo varia, mas geralmente recomenda-se no mínimo 6 a 12 meses após a melhora dos sintomas. Em casos recorrentes, o uso pode ser mais prolongado. Antidepressivo muda a personalidade? Não. Ele alivia sintomas que distorcem o funcionamento emocional. Muitos pacientes relatam se sentirem “mais eles mesmos” após o início do tratamento. É possível melhorar só com terapia, sem remédio? Sim, especialmente em casos leves. Em quadros moderados a graves, a combinação de antidepressivo com psicoterapia costuma oferecer melhores resultados. Conclusão Antidepressivos são aliados importantes no tratamento da depressão e de outros transtornos emocionais. Eles não são uma solução mágica nem uma sentença de uso vitalício, mas uma ferramenta eficaz quando utilizada com critério e acompanhamento. A psiquiatria moderna busca personalizar o tratamento, oferecendo mais do que apenas medicação: um cuidado amplo, respeitoso e centrado na experiência de cada paciente. Vencer o preconceito é o primeiro passo para abrir caminho à recuperação.
Por Luis Guilherme Labinas 28 de julho de 2025
Introdução O Transtorno de Personalidade Borderline (TPB) é uma condição psiquiátrica séria e, ao mesmo tempo, frequentemente mal compreendida. Caracterizado por instabilidade emocional intensa, impulsividade, relações interpessoais caóticas e medo de abandono, o TPB pode gerar sofrimento profundo tanto para quem convive com o transtorno quanto para as pessoas ao redor. Neste artigo, vamos explorar os sinais mais comuns do Transtorno Borderline, seu impacto na vida cotidiana e quais são as abordagens clínicas mais eficazes para o manejo desse quadro. O que é o Transtorno de Personalidade Borderline? O TPB é um transtorno de personalidade classificado pelo DSM-5 como um padrão persistente de instabilidade nos relacionamentos interpessoais, na autoimagem e na regulação das emoções. Costuma emergir no final da adolescência ou início da vida adulta e, quando não tratado, pode comprometer severamente o funcionamento social, profissional e afetivo da pessoa. O nome “borderline” surgiu pela percepção de que os sintomas pareciam estar “na fronteira” entre neuroses e psicoses, o que hoje já não representa mais a compreensão moderna do transtorno. Principais Sinais do Transtorno Borderline O TPB se manifesta de forma complexa, mas alguns sinais são marcantes: Instabilidade emocional: Mudanças bruscas e intensas de humor Sentimento de vazio constante Dificuldade em lidar com rejeições ou frustrações Impulsividade: Comportamentos impulsivos e prejudiciais (uso de substâncias, gastos excessivos, direção imprudente, sexo desprotegido) Ações sem reflexão durante crises emocionais Relacionamentos intensos e instáveis: Idealização e desvalorização frequente de pessoas próximas Medo intenso e desproporcional de ser abandonado Comportamentos de apego excessivo ou afastamento abrupto Autoimagem instável: Dificuldade em manter um senso consistente de identidade Oscilações entre sentimentos de grandiosidade e autodepreciação Comportamentos autolesivos e ideação suicida: Automutilações (como cortes ou queimaduras) Ameaças ou tentativas de suicídio, geralmente como forma de expressão do sofrimento intenso É importante ressaltar que, embora o transtorno seja marcado por instabilidade, não se trata de manipulação consciente — o comportamento é expressão de dor emocional real e desorganizada. Diagnóstico do Transtorno Borderline O diagnóstico do TPB é clínico, baseado em entrevista estruturada e observação do padrão comportamental ao longo do tempo. O psiquiatra considera critérios específicos, como os descritos no DSM-5, além de excluir outras condições que podem mimetizar os sintomas, como transtorno bipolar, depressão grave, transtorno de estresse pós-traumático ou abuso de substâncias. Em muitos casos, o diagnóstico pode demorar a ser feito, pois os sintomas se manifestam de maneira difusa e são, por vezes, confundidos com traços de personalidade ou reações emocionais “exageradas”. Tratamento do Transtorno Borderline Embora o TPB seja desafiador, ele tem tratamento — e os resultados podem ser bastante positivos com adesão e continuidade. Psicoterapia é o pilar do tratamento , com destaque para: Terapia Dialética Comportamental (DBT) : desenvolvida especificamente para o TPB, foca no manejo de impulsos, regulação emocional e construção de habilidades sociais Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) : ajuda na identificação de padrões disfuncionais de pensamento e comportamento Terapia focada na mentalização ou esquemas : abordagens mais profundas voltadas para a estruturação da personalidade Medicação pode ser utilizada como coadjuvante , especialmente para sintomas específicos como: Irritabilidade intensa Impulsividade grave Ansiedade associada Sintomas depressivos Antidepressivos, estabilizadores de humor e antipsicóticos atípicos podem ser indicados em doses ajustadas, sempre com acompanhamento cuidadoso. Rede de apoio e psicoeducação: A participação da família e de pessoas próximas, quando possível, é valiosa. O entendimento do transtorno favorece a empatia e reduz conflitos interpessoais, criando um ambiente mais favorável à recuperação. FAQs Borderline é o mesmo que bipolar? Não. Embora ambos envolvam alterações de humor, no TPB as oscilações são reativas, rápidas e ligadas a fatores emocionais. No transtorno bipolar, as fases de humor duram dias ou semanas e não dependem de eventos externos. Quem tem TPB pode melhorar com o tempo? Sim. Com tratamento contínuo, muitas pessoas aprendem a regular melhor suas emoções, estabilizar relacionamentos e reduzir comportamentos impulsivos ou autodestrutivos. Toda pessoa impulsiva é borderline? Não. O TPB envolve um conjunto de sintomas emocionais, comportamentais e interpessoais que se mantêm ao longo do tempo e causam prejuízo funcional significativo. É possível viver uma vida normal com borderline? Com acompanhamento adequado, sim. Muitos pacientes conseguem desenvolver uma vida estável, trabalhar, se relacionar e construir uma rotina saudável. Quem tem TPB sempre tenta se machucar? Nem todos os pacientes apresentam comportamentos autolesivos, mas essa é uma característica comum em momentos de crise. Por isso, o acompanhamento psiquiátrico é fundamental para prevenção e cuidado. Conclusão  O Transtorno de Personalidade Borderline é uma condição real, complexa e profundamente dolorosa — mas que pode ser tratada com bons resultados. Identificar os sinais e oferecer um cuidado especializado é essencial para reduzir o sofrimento e promover uma vida mais equilibrada. A escuta qualificada, o vínculo terapêutico e a combinação de psicoterapia com acompanhamento psiquiátrico são ferramentas poderosas para ajudar o paciente a construir novos caminhos. Com apoio e tratamento, é possível transformar dor em desenvolvimento e instabilidade em reconstrução emocional.
Por Luis Guilherme Labinas 24 de julho de 2025
Introdução A ansiedade é uma das queixas mais frequentes nos consultórios de saúde mental. Diante de rotinas aceleradas, excesso de estímulos e preocupações constantes, o corpo e a mente permanecem em estado de alerta contínuo. Nesse cenário, práticas como o mindfulness — ou atenção plena — têm se mostrado valiosas ferramentas complementares no manejo da ansiedade, ajudando o paciente a se reconectar com o presente e a regular emoções com mais consciência. Neste artigo, vamos entender o que é o mindfulness, como ele atua no cérebro ansioso e de que forma pode ser incorporado ao tratamento psiquiátrico de forma segura e eficaz. O que é Mindfulness? Mindfulness é a prática de estar plenamente atento ao momento presente, com uma atitude de abertura, curiosidade e não julgamento. Em vez de reagir automaticamente aos pensamentos e emoções, a pessoa aprende a observá-los com clareza, permitindo respostas mais conscientes e menos impulsivas. A técnica tem origem em tradições meditativas orientais, mas foi adaptada para contextos clínicos no Ocidente, especialmente após os trabalhos do professor Jon Kabat-Zinn, que desenvolveu o protocolo de Redução de Estresse com base em Mindfulness (MBSR). Por que o Mindfulness é eficaz no manejo da ansiedade? A ansiedade está diretamente relacionada ao excesso de pensamentos sobre o futuro — o famoso “e se...”. A mente ansiosa antecipa problemas, interpreta ameaças e vive em um estado de hiperalerta. O mindfulness interrompe esse ciclo ao trazer o foco de volta para o aqui e agora. Estudos mostram que a prática regular de atenção plena: Reduz a atividade da amígdala cerebral , estrutura associada ao medo e à reatividade emocional Melhora a conexão entre áreas do cérebro responsáveis pela regulação emocional , como o córtex pré-frontal Diminui a ruminação mental , ou seja, o pensamento repetitivo que alimenta a ansiedade Promove maior percepção corporal , o que ajuda a identificar sinais precoces de tensão e agir preventivamente Além disso, o mindfulness favorece uma postura mais compassiva em relação a si mesmo, reduzindo a autocrítica e a intolerância à imperfeição — fatores frequentemente presentes em pessoas ansiosas. Como incorporar o Mindfulness no dia a dia É importante lembrar que mindfulness não é apenas uma técnica de meditação, mas um modo de viver com mais presença e intencionalidade. A seguir, algumas formas práticas de aplicar o conceito no cotidiano: 1. Prática formal (meditação mindfulness): Sentar-se em silêncio e focar a atenção na respiração, nas sensações corporais ou em um som Quando a mente divagar (e ela vai), trazer a atenção de volta com gentileza Iniciar com 5 a 10 minutos por dia e, gradualmente, aumentar o tempo 2. Mindfulness em atividades diárias: Comer com atenção plena, percebendo textura, sabor, temperatura Tomar banho notando a temperatura da água, o cheiro do sabonete, a sensação na pele Caminhar sentindo os passos, a respiração, os sons ao redor 3. Pausas de consciência ao longo do dia: Parar por 1 minuto para observar a respiração em momentos de tensão Identificar pensamentos automáticos e rotulá-los como “pensamentos” em vez de verdades absolutas 4. Aplicativos e áudios guiados: Utilizar recursos digitais confiáveis que oferecem meditações guiadas específicas para ansiedade Mindfulness é tratamento? O mindfulness não substitui o tratamento psiquiátrico convencional, especialmente em casos moderados a graves de ansiedade. No entanto, ele pode ser um excelente complemento, potencializando os efeitos da psicoterapia e da medicação. Pacientes que praticam atenção plena regularmente costumam relatar: Maior clareza para lidar com gatilhos Menor reatividade emocional Redução da frequência e da intensidade das crises Aumento da sensação de controle e estabilidade interna FAQs Preciso meditar todos os dias para ter resultado? A consistência é mais importante que a duração. Práticas curtas, realizadas com frequência, já trazem benefícios. Começar com 5 minutos por dia pode ser suficiente para notar melhorias. Mindfulness serve para qualquer tipo de ansiedade? Sim, mas seus efeitos variam conforme o grau do transtorno e o engajamento do paciente. Ele é mais eficaz como medida preventiva ou complementar ao tratamento de quadros leves a moderados. Mindfulness é igual a meditação? Meditação é uma das formas de praticar mindfulness, mas a atenção plena pode ser vivida também fora do contexto meditativo — como ao comer, caminhar ou conversar com presença total. Existe contraindicação para mindfulness? Pessoas com traumas graves, episódios psicóticos ou estados dissociativos devem praticar com orientação profissional, pois o silêncio interno pode, em alguns casos, intensificar o sofrimento. Preciso fazer terapia para aprender mindfulness? Não necessariamente, mas a orientação de um profissional pode facilitar a adaptação e garantir que a prática esteja sendo feita de forma adequada às necessidades emocionais do paciente. Conclusão  O mindfulness é uma ferramenta poderosa e acessível no manejo da ansiedade. Ao cultivar a atenção plena, o paciente aprende a reconhecer seus estados internos com mais clareza, quebrar ciclos de reatividade e resgatar a presença em um mundo cada vez mais acelerado. Integrado ao tratamento psiquiátrico e psicoterapêutico, ele contribui para uma vida emocional mais equilibrada, consciente e saudável. Estar presente é, muitas vezes, o primeiro passo para se sentir em paz. Se desejar, posso sugerir os próximos temas com base nas tendências atuais de busca e nos conteúdos que complementam os já publicados. Deseja que eu proponha novas ideias?
Por Luis Guilherme Labinas 21 de julho de 2025
Introdução Imagine sentir, de repente, uma onda de medo intenso, falta de ar, coração acelerado e a sensação iminente de morte — tudo isso sem um motivo claro. Essa é a experiência de quem sofre com a síndrome do pânico, um transtorno de ansiedade caracterizado por crises agudas e recorrentes que podem gerar um profundo impacto na qualidade de vida. Neste artigo, vamos explicar o que é a síndrome do pânico, quais são seus sintomas, como é feito o diagnóstico e quais são os caminhos mais eficazes para o tratamento e controle desse transtorno. O que é a Síndrome do Pânico? A síndrome do pânico é um tipo de transtorno de ansiedade marcado por ataques de pânico inesperados, intensos e recorrentes. Esses episódios envolvem sintomas físicos e emocionais avassaladores e, embora durem poucos minutos, provocam sofrimento intenso e um medo constante de que novas crises aconteçam — o que pode levar ao chamado "medo do medo". Com o tempo, é comum que a pessoa evite situações ou lugares onde já teve crises, desenvolvendo um comportamento de evitação que pode culminar em agorafobia (medo de sair de casa ou frequentar locais públicos). Sintomas de um Ataque de Pânico Um ataque de pânico costuma surgir de forma súbita, mesmo em momentos de repouso ou em situações cotidianas. Os sintomas mais comuns incluem: Palpitações ou taquicardia Falta de ar ou sensação de sufocamento Dor ou aperto no peito Tontura ou sensação de desmaio Formigamento nas mãos ou face Ondas de calor ou calafrios Náuseas ou desconforto abdominal Sensação de irrealidade (desrealização) ou de estar fora do próprio corpo (despersonalização) Medo de morrer, de enlouquecer ou de perder o controle Esses sintomas não indicam um risco real à vida, mas são vivenciados com extrema intensidade e realismo durante a crise. O que Causa a Síndrome do Pânico? A causa exata não é totalmente conhecida, mas sabe-se que diversos fatores contribuem para o desenvolvimento da síndrome, como: Predisposição genética Experiências traumáticas ou altamente estressantes Alterações neuroquímicas no cérebro (especialmente nos sistemas de serotonina e noradrenalina) Personalidade ansiosa ou hipervigilante Alguns eventos pontuais, como uma crise de ansiedade grave, uso de substâncias ou problemas de saúde física, podem atuar como gatilhos para o primeiro episódio. Diagnóstico da Síndrome do Pânico O diagnóstico é feito por um psiquiatra, com base na descrição dos sintomas, frequência das crises e impacto na vida cotidiana. É comum que pacientes inicialmente procurem pronto-socorro, acreditando estar com um problema cardíaco ou respiratório, já que os sintomas físicos são intensos. A exclusão de outras causas orgânicas é importante, especialmente nas primeiras avaliações. Após afastar condições clínicas, o diagnóstico psiquiátrico é confirmado com base nos critérios do DSM-5 (Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais). Tratamento da Síndrome do Pânico A boa notícia é que a síndrome do pânico tem tratamento — e os resultados costumam ser muito positivos. As abordagens mais utilizadas incluem: Medicação : antidepressivos (como os ISRS) são a base do tratamento e ajudam a regular os circuitos cerebrais envolvidos. Em alguns casos, ansiolíticos de uso controlado podem ser indicados inicialmente, com cautela. Psicoterapia : especialmente a terapia cognitivo-comportamental (TCC), que trabalha os pensamentos automáticos, crenças distorcidas e estratégias de enfrentamento das crises. Mudanças de estilo de vida : exercícios físicos regulares, técnicas de respiração, mindfulness e boa higiene do sono complementam o tratamento. Educação sobre o transtorno : entender o que está acontecendo biologicamente no corpo reduz o medo das sensações e ajuda no controle emocional durante as crises. FAQs Um ataque de pânico pode matar? Não. Embora os sintomas sejam assustadores, o ataque de pânico não causa morte nem infarto. O perigo maior é o sofrimento e o impacto psicológico se não for tratado adequadamente. Qual a diferença entre ansiedade e síndrome do pânico? A ansiedade é uma resposta prolongada a situações de estresse. Já a síndrome do pânico envolve crises súbitas e intensas de medo, geralmente sem um gatilho específico. Quem tem síndrome do pânico pode voltar a ter uma vida normal? Sim. Com tratamento adequado, é totalmente possível controlar os sintomas, evitar novas crises e retomar a qualidade de vida. Remédios para pânico causam dependência? Os antidepressivos utilizados no tratamento não causam dependência. Alguns ansiolíticos podem gerar tolerância, mas são usados com cautela e por tempo limitado. O que fazer durante uma crise de pânico? Tente se concentrar na respiração, lembrar-se de que os sintomas são temporários e buscar um local tranquilo. Após a crise, é fundamental relatar o episódio ao psiquiatra para ajuste do tratamento, se necessário. Conclusão A síndrome do pânico é uma condição angustiante, mas tratável. Identificar os sinais precocemente e buscar ajuda psiquiátrica especializada é o primeiro passo para sair do ciclo de medo e sofrimento. Com o tratamento certo, muitas pessoas conseguem recuperar o bem-estar emocional, retomar sua rotina e reconquistar a confiança no próprio corpo. O acolhimento, a escuta profissional e a abordagem terapêutica adequada são pilares fundamentais nesse processo de superação.e.
Por Kety Braulio de Melo 16 de julho de 2025
Nos últimos anos, a saúde mental se tornou um dos maiores desafios dentro das organizações. O estresse crônico, a ansiedade e a síndrome de burnout passaram a fazer parte do cotidiano de muitos profissionais, afetando diretamente a produtividade, o engajamento e o clima organizacional. Diante desse cenário, líderes e profissionais de Recursos Humanos têm buscado soluções eficazes e sustentáveis para promover o bem-estar nas empresas. O Cenário Atual da Saúde Mental nas Organizações Estudos recentes apontam que mais de 30% dos afastamentos no trabalho estão relacionados a transtornos emocionais. Além disso, o esgotamento mental tem levado a uma queda no desempenho, aumento do absenteísmo e uma rotatividade crescente de talentos. Esse quadro mostra que cuidar da saúde mental não é mais um diferencial, e sim uma necessidade estratégica. A Responsabilidade Corporativa com o Bem-Estar Mais do que oferecer benefícios, as empresas precisam criar ambientes psicologicamente seguros e culturas organizacionais que valorizem o cuidado emocional. O RH e a liderança desempenham papel fundamental nesse processo, sendo responsáveis por implantar ações preventivas, acolhedoras e tecnológicas. O que é Biofeedback? O biofeedback é uma tecnologia avançada que permite ao indivíduo monitorar, em tempo real, funções fisiológicas como frequência cardíaca, respiração e tensão muscular. Através de sensores e softwares, o colaborador aprende a reconhecer os sinais do corpo relacionados ao estresse e ansiedade — e, mais importante, aprende a controlá-los. Benefícios do Biofeedback no Ambiente Corporativo Inserido em um programa estruturado, o biofeedback ajuda os colaboradores a desenvolverem autorregulação emocional, maior foco, clareza mental e resiliência. Os resultados são percebidos em poucas sessões: redução de sintomas de estresse, melhora na qualidade do sono e maior equilíbrio emocional, impactando positivamente o clima e a performance da equipe. Transformando a Cultura com Inovação Implementar um projeto corporativo com biofeedback é investir em inovação, cuidado genuíno com as pessoas e sustentabilidade emocional. É uma solução de ponta que alia ciência, tecnologia e saúde para transformar o ambiente de trabalho em um espaço mais humano e produtivo. Conclusão A saúde mental precisa estar no centro da estratégia das empresas que desejam crescer com propósito. Se sua organização busca uma forma eficaz e inovadora de cuidar dos colaboradores, o projeto corporativo de biofeedback é um excelente caminho. Nós estamos prontos e vocês? Vamos conversar? Perguntas Frequentes sobre Biofeedback Corporativo 1. O biofeedback é indicado para qualquer colaborador? Sim. O biofeedback é uma tecnologia segura e não invasiva, que pode ser utilizada por qualquer pessoa, independentemente da idade ou nível hierárquico. Ele é especialmente útil para profissionais que lidam com alta carga de estresse. 2. É necessário algum preparo ou conhecimento prévio para participar? Não. As sessões de biofeedback são guiadas por profissionais qualificados e os equipamentos são fáceis de usar. Os participantes recebem orientações claras durante todo o processo. 3. Quantas sessões são necessárias para perceber resultados? Os primeiros benefícios podem ser notados já nas primeiras sessões. No entanto, um programa completo costuma envolver entre 6 a 10 encontros, dependendo dos objetivos e da condição de cada colaborador. 4. O biofeedback substitui acompanhamento psicológico ou psiquiátrico? Não. O biofeedback é uma ferramenta complementar de prevenção e autorregulação. Em casos clínicos, o acompanhamento com profissionais de saúde mental continua sendo essencial. 5. Como esse projeto pode ser implementado na empresa? A implementação pode ser feita por meio de programas estruturados como o que oferecemos, com acompanhamento especializado, equipamentos modernos de biofeedback e suporte técnico. Levamos a solução até a sua empresa, adaptando o projeto à realidade e às necessidades da equipe.